É incrível o quanto devemos aprender com o contrário da verdade. Nada existe contra o que é verdade, mas até decifrar o que é verdade ou não é verdade, o que é falso tem um grande espaço de atuação contra nós, contra o ambiente onde vivemos e convivemos, por todo o lado a todos quanto estão ao seu alcance o falso é contagioso, maligno, sedutor e “há caminhos que parecem ser verdadeiros, mas são caminhos de morte”, o Rei Salomão – tão sábio se preocupava com esse poder do falso enquanto estava sentado no seu trono, nada mais o ameaçava como um falso General, um falso Servo. Por isso – tinham elegido o provador dos alimentos do Rei, nada entrava em suas gargantas em antes passar por a prova de que não era falso.
Falamos muito do falso político, do falso religioso, do falso amigo. No entanto, o que é falso jamais se revela com tanta facilidade, a sua missão é permanecer oculto aos olhos de quem o vê, por isso, o falso detém habilidade de sedução, ou seja, cativar para manipular ao uso próprio. Não somente os políticos, o que não passa de uma das funções de liderança, devemos observar além das lideranças que estão em destaque e ocupando cargos, porque o falso também está por trás de quem é poderoso ou lidera. O falso pode ser falso para quem ele ajudou a crescer, porque, infelizmente – permanecerá sempre o seu egoísmo, ele só ajuda para obter favores além do que o favorecido imagina. Não arreda o pé por virtude, dom ou fé, pelo contrário – é um interesseiro e maquinador.
Mas, esse “poder” não é tão somente sedutor, traz consigo, também, a bajulação – arte de manter-se a favor de alguém ou não se declarar para o público o que pensa, como enxerga à vida. Este sempre manterá a bajulação para atrair e se aproximar das pessoas que fazem parte do seu jogo maligno.
O falso é tão importante que no Antigo Testamento a função de “Profeta” cessou no Novo Testamento, porque “o véu se rasgou” e todos tiveram acesso ao Santo-dos-Santos, local reservado ao acesso, somente, do cargo mais alto – “O Sacerdote”. A função sacerdotal que no Velho Testamento era distribuída para poucos, agora, no Novo Testamento é distribuída para muitos. Isso – quando o véu se rasgou – todos nós tivemos acesso ao “Rei”, não precisaríamos, agora, de intermediários porque todos foram feitos filhos de Deus – todos foram feito “Sacerdote”. Portanto, agora o maior cargo estava à disposição de toda humanidade e, não somente, para alguns, mas para todos. Porém, somos, hoje “Sacerdotes”, não mais, somente, Profetas.
O cargo que Deus nos outorgou é maior que Profeta. O Sacerdote, aquele que chega até Deus, intercede e intermedia a favor de alguém. O Profeta aquele que fala a respeito de Deus, mas não tinha acesso a Deus, porque o cômodo no Tabernáculo conhecido com Santo-dos-Santos, somente era ao Sacerdote.
O Sacerdote é contrário do que faz um “falso profeta”, enquanto o Sacerdote intermdia, o falso não intermedia a favor de alguém, ele manipula alguém, ele seduz alguém. O Sacerdote do Novo Testamento ele ajuda o próximo, ele é o canal de bênção, não bajula para obter a benção a seu favor, mas a favor de todos.
“O poder do falso profeta”, a maior preocupação que “se possível enganaria até mesmo os escolhidos a Sacerdotes reais e fiéis, nação santa”. Tenhamos atenção – no que é falso. Entretanto, existe algum mapa ou antídoto para ser tomado como referência? Por fim, “por seus frutos o conhecereis”, disse o Mestre dos Mestres Jesus.
Estejamos atentos para o que é falso, pois, esse poder é destruidor – e nos contamina a tal ponto de transformar as nossas verdades e virtudes em mais um Falso Profeta.
Ângelo Almeida
Teólogo e Psicanalista
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