Continuando o trajeto pelo interior do estado montando o plano de mandato que será colocado para apreciação popular no período eleitoral, o vice-prefeito de Conceição do Coité, Alex Lopes (PMDB), atendendo ao convite da vice-prefeita do município de Abaré, Margarete Rodrigues da Silva (PMDB) e do vereador Ronilson Gomes da Cruz (PMDB), visitou a comunidade de Cova do Anjo, distante 09 km da sede, onde foi construída no início da década de 40 uma capela, no local onde foi encontrado morto o menino de pré-nome Dionato, que estava a dias perdido na caatinga sem água e sem comida.
Margarete Rodrigues contou ao CN que é comum ouvir pessoas relatarem várias histórias de graças alcançadas e o local é muito visitado,principalmente no sábado de aleluia, por fiéis que levam velas para agradecer.
O padre Evanilson Mendonça contou que este ano a festa teve um sabor melhor em virtude das chuvas que estão caindo na região e os vaqueiros foram cumprir sua devoção com mais alegria e se emocionou com a fé dos romeiros ao entoarem o hino católico, “A nós descei, Divina Luz! A nós descei, Divina Luz!, Em nossas almas acendei, O amor, o amor de Jesus!, Em nossas almas acendei, O amor, o amor de Jesus!”, formando um só voz.
As atividades na Cova do Anjo, começou em 1983, quando o fazendeiro Generrito Nascimento Possidônio e mais sete vaqueiros criaram uma tradição,todo Sábado de Aleluia seria o dia para visitação à cova do Anjo Perdido. Há cerca de 10 anos é celebrada a missa dos vaqueiros, organizada por Marcos Roberto Tolentino Pereira e Ismael Janivaldo Gomes Correia.
Foi apresentada ao pré-candidato a deputado estadual pelo PMDB, Alex da Piatã, como é conhecido, pela vice-prefeita Margarete,uma proposta para inclusão desta festa no calendário de turismo religioso do estado, pois o local, onde se reuni mais de duas mil pessoas, não tem a mínima estrutura e a cada ano vem crescendo e atraindo turistas de todo estado.
A história conta que no local foi sepultado o corpo de uma criança, chamada Dionato, no dia 22 de setembro de 1942. O “Anjinho Perdido”, como é chamado, por toda a Região, estava sendo criado pela parteira Zefa que morava na Fazenda Urtiga e tinha 1 ano e 11 meses.
Segundo o historiador Valdomiro Nascimento, no dia 16 de setembro de 1942, Zefa foi fazer um parto na comunidade onde hoje é cidade e deixou o menino com uma mocinha de 13 anos e uma menina de 10 anos. Como faltou água no pote, a mocinha deixou Dionato com a menor e foi no Riacho da Várzea cavar uma cacimbinha e pegar água. A menina foi depois também pegar água e a criança foi na companhia, só que elas se distraíram e o menino não conseguiu chegar, se perdendo no meio da caatinga.Contam, que todos procuraram o menino e nunca o encontraram.Seis dias depois, dia 22, Sebastião Rodrigues dos Santos e seu filho Manoel levavam uns bodes para a cidade e viram alguns urubus,ao se aproximarem depararam com os restos mortais da criança e ali mesmo cavaram uma pequena cova e sepultaram o pequeno Dionato. Também conta a história que ele (Dionato) andou cerca 11 quilômetros quando esteve perdida.
Como as pessoas da região eram muito religiosas,e pela triste circunstância em que a criança morreu, começaram a fazer promessas com o “Anjo Perdido” e afirmaram que as graças eram alcançadas e ao longo destes anos, são muitas as histórias em torno do milagres e isto tem provocado a visita de muitas pessoas.
Redação CN