Os professores da rede estadual da Bahia suspenderam as atividades por 24 horas de quarta-feira (2). Trabalhadores da saúde, justiça, segurança e outras categorias do funcionalismo público também aderiram à paralisação.
Segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB), a categoria reivindica o pagamento em uma única parcela do reajuste salarial. O governo definiu o aumento de 5,91% para ser pago em duas vezes.
Esta é a terceira paralisação dos professores em menos de um mês após o início do ano letivo, no dia 10 de março.
De acordo com Rui Oliveira, coordenador da APLB, os servidores querem o reajuste em uma única parcela e retroativo ao mês de janeiro. “Tendo em vista que não houve votação da matéria que garante o reajuste linear de forma integral, e não parcial, os servidores resolveram paralisar”, explicou Rui. “Fomos surpreendidos com a votação. Ninguém sabia que tinha sido votado”, completa.
Outra reivindicação é a das perdas salariais provocadas pela Unidade Real de Valor (URV), usada na transição da moeda cruzeiro real para o real, no ano de 1994. A Secretaria de Administração da Bahia informou que o projeto foi entregue à Assembleia Legislativa (ALBA) e que está aberta ao diálogo. Segundo Rui Oliveira, os servidores estaduais se reuniram na manhã desta quarta-feira, na ALBA, no Centro Administrativo da Bahia, em Salvador, para discutir as próximas ações dos servidores.
De acordo com a assessoria de comunicação do governo, o reajuste geral do funcionalismo público estadual será de 5,91%, conforme projeto de lei aprovado na terça-feira (1º), na ALBA. Segundo o governo, o pagamento será dividido em duas vezes: 2% em abril, retroativos a janeiro, e 3,84% sobre o salário de abril, no mês de julho. Esta última parcela seria paga no mês de setembro e foi antecipada após diversas rodadas de negociações com representações sindicais dos servidores. O índice representa um acréscimo na despesa de pessoal para o exercício de 2014 no valor de R$ 344.842.015,00.
Redação: CN*Informação: G1