A célula mãe da sociedade sempre foi e será a família, sem ela não teria sentido algum a vida à qual vivemos: trabalhamos, crescemos, procriamos e morremos. Entretanto, não é e nunca foi tarefa fácil manter a célula mãe da sociedade estruturada, organizada e estabelecida para prosseguir a sua jornada.
Em meu último livro intitulado “Mediação dos Conflitos Familiares: Foco nos transtornos de personalidade do adolescente”, onde relatei minha pesquisa que originou o meu Trabalho de Conclusão do Curso de Psicanalista, um tão sonhado e conquistado – ser Terapeuta, de mim, do outro em função, principal, a célula mãe da sociedade.
Pois bem, temos que seguir alguma solução, planejamento e estratégia para compreender esses conflitos entre pais e adolescentes:
Foco:
Cito do meu livro, pág. 17 – “Em meio as tantas situações, onde surgem justificativas, motivos dos mais diversos de atitudes não agradáveis praticadas por adolescente, por agressões e atitudes de violências praticadas com rebeldia, por desmotivação, violência e evasão escolar. Esses comportamentos demonstram uma autonomia de ser e adotar a sua posição como agente do seu mundo, não mais dependente dos pais. Nessa transição, é uma ruptura, um rasgar que o sentimento de dor, de não ter o controle e os pais não conseguem, temendo que seus filhos se envolvam em situações de perigo que promovam consequências a si mesmo, e indiretamente aos seus pais – que respondem por eles.
Psicoterapia Breve com Foco – é um caminho mais prático, primeiro se aproximando dos pais os assuntos desfragmentados durante o convívio familiar. Cada caso é um caso, não tratando “cada caso” como se fosse, somente, “um caso”. A partir de então o foco é encontrar a solução ou amenizar a ansiedade dos pais em não conseguirem apreciar as mudanças de comportamento que satisfaçam as suas expectativas”
Solução:
Em muitos casos – deverá ser dosado as imposições das crenças religiosas, culturais e comportamentos herdados e adquiridos na tradição familiar. Nem sempre filho de peixe é peixinho. E o ressoar da canção: ”… cada um de nós compõe a sua história, e leva o dom de ser capaz e ser feliz”.
Prestemos atenção – que ao invés de tentar converter o adolescente em conflito com os seus pais ou padastro, o caminho é harmonizar a vida do educador, nesse caso, o pai e/ou padastro. Assim é o começo de uma excelente terapia onde exploramos o método Psicoterapia Breve Focal.
Nenhuma família conseguirá sobreviver e se estruturar se não haver o diálogo com sabedoria de expulsar os dilemas.
Gosto muito do dito do Rei Salomão, – “a mulher sábia edifica a sua família”. Muito interessante que no contexto da sociedade patriarcal, onde o homem era o cabeça da família, a mulher não deixou de ter a sua função “edificar a casa”, a doçura da mulher, o jeito meigo da mulher – são dons que Deus o capacitou para a função de “edificar”, pois assim – todos os filhos que são rebentos do seu corpo e por nove meses sentiram o que a mãe sentiu em sua gestão, por isso, esta tem o cajado de educar, amar e dialogar com seus filhos. Não menosprezando a presença do pai, porém, quem trazia a caça era o homem, a mulher cozinhava. Porém, após a Revolução Industrial – a mulher se ausentou do lar, deixando uma lacuna ou buraco – a falta da presença da mãe na infância prejudicou, por demais, a formação e educação da célula mãe da sociedade: família.
Caso queira conhecer o livro têm noventa e três páginas, no link: http://agbook.com.br/book/150814–PSICOTERAPIA_BREVE_NA__MEDIACAO_DOS_CONFLITOS_FAMILIARES
Ângelo Almeida
Psicanalista, Escritor e Teólogo.
Capela do Alto Alegre-BA.