Nesta quarta-feira, 28, a Comissão dos Direitos da Mulher promove audiência pública para discutir a mortalidade materna e a violência obstétrica. O evento, que acontece no Dia Nacional de Combate à Mortalidade Materna, será às 9h30, na Sala José Amando, na Assembléia Legislativa da Bahia.
“As audiências são ponto alto dos trabalhos das comissões e como dia 28 é o dia nacional, nós queremos dar a nossa contribuição. A mortalidade materna é uma preocupação mundial em função dos números de casos. O Brasil já reduziu pela metade o índice, mas ainda é preciso promover o debate,” avalia a deputada Neusa Cadore, presidenta da Comissão dos Direitos da Mulher.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), no mundo, mais de 800 mulheres morrem todos os dias devido a complicações na gravidez e no parto. Pesquisa do IBGE, revela que entre 1990 e 2010, o Brasil reduziu a morte materna — ocorrida durante a gravidez, aborto ou parto e puerpério — em 51%. Mas, em 2010 ocorriam 68 óbitos para cem mil nascidos vivos. A meta estipulada pela OMS é de 35 óbitos por cem mil.
Os parlamentares discutirão o tema com representantes da Marcha Mundial de Mulheres, do Conselho Estadual de Saúde, da Secretaria de Saúde do Estado e da Secretaria de Políticas para Mulheres – SPM.
A violência obstétrica também será discutida na ocasião. Casos recentes motivaram os parlamentares a refletir sobre o tema. O conceito de violência obstétrica está relacionado ao ato ou omissão realizada por profissional de saúde, do serviço público ou privado, que direta ou indiretamente afete o corpo e os procedimentos reprodutivos das mulheres de forma desumana, com abuso de medicação e transformando processos naturais em patologias.
Fonte: ASCOM deputada Neusa Cadore