Uma jovem de 18 anos morreu no Paquistão, depois de ser queimada viva por um homem que queria casar-se com ela, mas teve a proposta rejeitada. O agressor foi detido e acusado.
Ontem (28), Sidra Shaukat estava sozinha na casa dos pais, perto da cidade de Toba Tek Singh, quando Fayyaz Aslam, de 22 anos, entrou na residência, jogou gasolina na jovem e ateou fogo, disse um responsável da polícia. Levada para um hospital local e transferida para o hospital maior, ela morreu antes de chegar ao local.
O incidente foi o segundo nos últimos dias relacionado a casamentos no Paquistão. Na quinta-feira (26), Maafia Bibi, de 17 anos, e o marido Muhammad Sajjad, 31 anos, foram mortos a facadas pelo pai, por dois tios, pelo avô e pela mãe da jovem por terem se casado contra a vontade da família. O homicídio ocorreu numa aldeia nos arredores da cidade de Daska, 162 quilômetros a leste de Islamabad.
Em maio, Farzana Parveen, de 25 anos e grávida de três meses, foi agredida até a morte nos arredores de um tribunal, na cidade de Lahore, por parentes, num caso noticiado em todo o mundo. Parveen tinha ido ao tribunal testemunhar a favor do marido, acusado pelos familiares de tê-la raptado e obrigado a casar-se com ele.
No ano passado, 869 mulheres foram mortas em crimes de honra, de acordo com a Comissão Independente dos Direitos Humanos do Paquistão.