Não estamos mais para inventar a roda, basta rolar que ela vai em frente. Por motivos assim devemos prosseguir em nossa obrigação de profissional, mas, acima de tudo, servos. Haja vista que – “quem não nasce para servir, não serve para viver”.
Em quaisquer áreas de trabalho, da labuta do dia-a-dia, para ganhar o pão de cada-dia, temos lutas, desafios, o cair e o levantar, os acertos e os erros. Estamos vulneráveis ao outro, pois quem ouve o ouve como se imagina sua imaginação. Ou seja, quem ouve – pode ouvir o que quer ouvir, não o que se transmite. Entre o emissor e receptor, quem fala e quem ouve existem inúmeras barreiras para que a comunicação entre os seres humanos tenha sucesso e eficácia.
Sabendo das dificuldades à vista, o velho drible, o velho jogo de corpo, nos lembra a “flexibilidade”, em muitos casos, o que planejamos para transmitir aos alunos sofrem mudanças repentinas, e aqui está o fracasso da educação.
As mudanças podem ser climática e para visualizar esse ambiente é fácil de percepção que várias estruturas de sala-de-aula são criadas fora da realidade que favoreça o conforto de permanecer naquele ambiente, são salas com tetos baixos, promovendo assim uma “sauna” – além do calor externo, não dissipa a temperatura senão só aumenta mais além do que o corpo suporta, e lá vem a desidratação, a incomodação o desconforto de permanecer sentado em silêncio quando escorre o suor em seu corpo, quando não se tem ventilação adequada para promover a concentração.
Chegamos em mais um período da caça aos votos, poderiam começar a mudar o jargão ou o clichê dos pedintes dos votos eleitorais, e ao invés de propor ideias, visitar as Escolas Públicas e perguntar aos alunos, aos professores em sala-de-aula, – o que melhor fazer para melhorar a educação? Em muitos casos eles não saberiam expressar seus sentimentos, acanhados, tímidos, o pedinte do voto poderia sentir na sua pele o calor e o ambiente que os alunos estão aprendendo.
Não se perde mais tempo – apresentando ideias, o pedinte do voto, deverá perguntar ao seu público suas necessidades, eles sabem o que precisam. Melhor de que propor projetos fora de contexto à realidade daquele público.
Temos que evoluir no relacionamento pessoa-pessoa, o interpessoal não poderá ser, somente, motivado por pedir votos, mas ouvir as necessidades do povo, uma caminhada atrás do voto que sabe ouvir a expressão do que pensa o eleitor.
Também sou eleitor, mas, cansei de criticar os políticos, acho que eles estão no mesmo barco que nós aqui fora dos gabinetes, suas necessidades são maiores que nós, contentar com a carne de jabá e feijão com arroz, para nós é bem mais fácil, eles ( políticos ) não sabem até onde vai a sua carência. É antigo essas necessidades, por aqui convido a fala do Profecia de Ageu:
“Vocês têm plantado muito, e colhido pouco. Vocês comem, mas não se fartam. Bebem, mas não se satisfazem. Vestem-se, mas não se aquecem. Aquele que recebe salário, recebe-o para colocá-lo numa bolsa furada” Ageu 1:6
Por fim, que venham os caçadores de votos, hoje. Amanhã possa ser que, também, estejamos a caça dos votos, não motivados por ganância ou vaidade pessoal, mas, por defender nossos direitos que podem ser negados quando não temos ou não participamos do processo democrático de legislar as leis que favoreçam e respeitem os direitos do cidadão brasileiro.
Ângelo Almeida
Professor e Terapeuta
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