O corpo da prefeita de São Francisco do Conde, Rilza Valentim (PT), foi enterrado no início da noite de sexta-feira (25) diante de cerca de 20 mil pessoas no Cemitério Canto da Paz. Rilza morreu na quinta (24) depois de ficar internada no Hospital Aliança por dois dias. Os três filhos da prefeita, Rafaela, Rodrigo e Raiana, estavam presentes, assim como autoridades políticas. O governador Jaques Wagner acompanhou parte do velório.
A população da cidade compareceu em peso, muitos emocionados com a morte precoce da prefeita. O cortejo teve levou mais de 2 horas entre a Câmara e o cemitério.
A prefeita sofria de anemia falciforme e passou mal durante a semana, morrendo na noite de quinta – de acordo com o hospital, ela sofreu uma embolia pulmonar decorrente da doença e faleceu por volta das 17h30.
No último dia 17, ela participou com outros prefeitos e com o governador Jaques Wagner da primeira reunião do Colegiado da Entidade Metropolitana da RMS.
A prefeita foi reeleita em 2012 e ainda tinha mais 2 anos do segundo mandato. O vice-prefeito da cidade, Evandro Almeida (PP), deve assumir o comando do município na próxima segunda-feira,28.
Rilza foi professora de Química e começou sua carreira na vida pública ao assumir a Secretaria Municipal de Educação de São Francisco do Conde. Depois ela foi eleita vereadora para dois mandatos e em 2008 foi eleita prefeita, depois de também ser vice-prefeita na gestão de Antonio Calmon. São Francisco do Conde é a cidade brasileira que tem a maior arrecadação per capta, com a segunda refinaria de petróleo do país.
A prefeitura de São Francisco do Conde mantinha um programa de assistência aos portadores de anemia ou traço falciforme desde o início da sua gestão. A anemia falciforme é uma doença genética e hereditária, predominante em negros, mas que pode manifestar-se também nos brancos.
Os glóbulos vermelhos sofrem uma alteração, perdendo a forma arredondada e elástica, adquirindo o aspecto de foice e endurecendo, o que dificulta a passagem do sangue pelos vasos de pequeno calibre e a oxigenação dos tecidos. A doença piora continuamente ao longo do tempo, reduzindo a expectativa de vida do paciente para uma média de 40 anos.
Fonte: Correio / foto Val