Um adolescente de 17 anos foi encontrado morto em um lixão na Estrada Velha de Periperi, em Salvador, na manhã de sexta-feira (1º). Familiares da vítima denunciam que o rapaz foi sequestrado perto de casa, após ter sido confundido com um dos suspeitos de matar o policial militar Washington Luiz Santos Cruz, 40 anos, na manhã da quinta-feira (31). De acordo com a Central de Polícia, o corpo de um rapaz morto foi encontrado no lixão por volta das 6h30 de hoje.
Ele ainda não foi identificado oficialmente pela polícia, mas parentes reconheceram o corpo de Giesson Viera, de 17 anos. O pai da vítima, Everaldo de Freitas Barbosa, conta que o filho tinha saído para comprar pão quando foi visto com vida pela última vez. “Ele era um menino maravilhoso. Namorador, e tão jovem”, lamenta.
Amigos e familiares de Giesson realizam uma manifestação pacífica em frente ao colégio estadual Almirante Barroso, onde o rapaz foi visto pela última vez por volta das 17h de ontem (31). “Ele estava conversando com um conhecido perto de casa quando dois carros cercaram ele – um gol vermelho da geração 5 e um corsa branco. Do carro vermelho desceram três homens encapuzados, que falaram para o meu filho ‘é você’, antes de jogarem ele no porta-malas do carro e irem embora”, relata Everaldo.
Segundo a prima de Giesson, Gisele Vieira, o adolescente estudava e ajudava o pai com um serviço de turismo da família. “Ele não tinha nada a ver com isso. Tinha se alistado no Exército e estava esperando resposta”, conta a jovem. “Todo mundo ficou doido quando ele desapareceu; saímos procurando por todos os lugares até meu tio saber de um corpo que foi encontrado no lixão hoje de manhã”.
Ao chegar no local, os familiares reconheceram o rapaz. “Ele foi torturado horrivelmente, estava amordaçado, com as mãos para trás, e tinha recebido diversas pancadas na cabeça”. O pai de Giesson afirmou que prestou queixa sobre o desaparecimento na 5ª Delegacia de Polícia Civil (DT/Periperi) e na Corregedoria de Polícia Militar. Ainda segundo eles, mais dois rapazes também desapareceram na tarde de ontem, levados pelos ocupantes de outros veículos.
Já a assessoria de comunicação da Polícia Militar disse que ainda está apurando a situação, e que até o momento não foi identificado o registro da queixa dos familiares na Corregedoria. O corpo de Giesson será enterrado neste sábado (2), em um cemitério no bairro de Plataforma.
Redação: CN*Informação: Correio