A candidata do PSB a governadora da Bahia, Lídice da Mata, se comprometeu a implantar o passe livre no transporte coletivo para estudantes do ensino público. O compromisso foi assumido durante uma caminhada no Pelourinho, na tarde desta quinta-feira (7), ao lado do candidato do partido a presidente da República, Eduardo Campos, que também se comprometeu com esta bandeira nacionalmente.
“O passe livre para os estudantes é um compromisso assumido pelo nosso presidente Eduardo Campos, que hoje eu assumo como uma bandeira também nossa, aqui na Bahia. Agosto é mês da Igualdade Racial na Bahia, o Estado mais negro do país. É dentro de uma nova política de educação e de reparação racial que me comprometo a garantir o transporte de nossa juventude baiana para a escola pública”, disse Lídice.
O passe livre vai ajudar, segundo a candidata socialista, a reduzir a evasão escolar. “A Bahia hoje tem um dos maiores índices de evasão escolar do Brasil. Em grande medida porque muitas vezes o jovem não tem dinheiro para se alimentar, nem para o transporte, e ele tem que trabalhar. E como a escola também não é nem um pouco atrativa, ele acaba saindo”, avaliou Lídice.
Para ela, isso vai mudar com a implantação da escola integral, na qual os alunos ficarão nos dois turnos, com três refeições ao dia e uma nova pedagogia de ensino envolvendo também tecnologia, esporte e arte. “Esse conjunto de ações vai tornar a escola atrativa para os alunos”, afirmou.
No ensino superior, o passe livre vai ser complementar às políticas de assistência estudantil para garantir, por exemplo, a permanência na universidade dos jovens de baixa renda que entraram no ensino superior pela política de cotas e pelo Prouni.
“As cotas raciais são uma histórica conquista de inclusão racial em nosso país, mas elas, isoladamente, não resolvem a latente desigualdade que ainda é a marca na educação de nosso país e nosso Estado. Nosso governo garantirá o passe livre, restaurantes nas universidades e uma política de bolsas de estudo”, anunciou.
Segundo Lídice, muitos estudantes cotistas estão abandonando o curso, porque embora consigam a vaga na universidade com as cotas e o Prouni, “muitas vezes não têm onde morar, quando o curso é em outra cidade, nem como ir e até mesmo o que comer”.