Em debate realizado pela TV Aratu nesta manhã de sexta-feira (26), os candidatos ao Senado apresentaram ideias de campanha, mas também trataram de atacar um ao outro. Sobre o atraso nas obras da Ferrovia Oeste-Leste (Fiol), o candidato da chapa Pra Bahia Mudar Mais, Otto Alencar, tratou de salientar a importância da obra para a Bahia. “Acredito que este seja um dos projetos mais ambiciosos que existem. Essa ferrovia foi apresentada por Vasco Neto e agora resgatada pelo governador Jaques Wagner. Ela enfrenta grandes dificuldades de liberação ambiental. Hoje ela emprega 12 mil trabalhadores, eu chamo de ferrovia de integração do estado da Bahia”, disse.
Já sobre a demora na entrega da Fiol, Otto foi enfático. “A demora é em função da legislação. É preciso autorizar a execução física da obra. Quanto ao Porto Sul, já saiu a licença de implantação, que demorou muito tempo por causa de donos de casas de praia, que tiveram seus interesses contrariados. É um projeto do futuro”, afirmou. Mas o momento mais animado para os telespectadores veio quando Geddel Vieira Lima, do PMDB, e Otto Alencar, do PSD, protagonizaram quase um ringue de acusações. O candidato oposicionista tratou logo de citar a maior polêmica no cenário político atual na Bahia, que é o Instituto Brasil, e ironizar o caso. “Não tenho nenhuma proximidade com Dalva (presidente do Instituto Brasil). Como o mesmo o título da revista Veja diz ‘arte de roubar’. Tem que avaliar e punir o denunciado. Se eu soubesse antes eu denunciava. Não cometeria esse crime. Peço que apure e investigue se isso for pecado, que Deus me perdoe”, disse Geddel, que também citou a situação dos novos ferries, que vieram da Grécia e ainda não foram inaugurados.
Rebatendo as declarações, Otto ironizou a postura do peemedebista. “Ele veio para agredir. Deveria estar no MMA”, disparou. Mas o postulante senador não escapou dos questionamentos de Eliana Calmon (PSB) sobre o mesmo assunto. “Sou frequentadora da Ilha de Itaparica desde pequena, o governo comprou ferries usados e velhos. Eu só sei que todo mundo fala à boca grande, gostaria de ter um entendimento sobre o que está acontecendo nos ferries. O ferry não funciona”, afirmou Eliana, que também foi perguntada sobre a sua opinião sobre a maioridade penal. “A sociedade está amedrontada, desestimulada com a punibilidade. Hoje uma comissão permanece na ONU, discutindo com 19 países da América Latina sobre segurança pública. Não posso, como técnica, cometer essa perversidade. O crime organizado, o tráfico, nós teremos do mesmo jeito com a redução”, contou.
Hamilton Assis (PSOL) também voltou o seu discurso para ataques contra o candidato de Dilma, Lula e Rui Costa, quando vinculou Otto ao antigo governador César Borges e a sua relação de privatização da saúde pública. Sobre suas reais chances nas eleições do dia 05 de outubro, Marcelo Evangelista (PEN) afirmou que sua candidatura visa somente a representação de uma nova política no Brasil. “Quando fui escolhido, fui escolhido pelo partido para fazermos uma nova construção, não somente no âmbito ambiental, mas também na educação e na segurança pública. Nós acreditamos que o Brasil pode melhorar, nós queremos começar a moralizar o Brasil, representar o projeto político no Brasil. Precisamos militar pelas causas sociais”, salientou.
Redação: CN*Informação: Politica Livre