Desde o dia 04 de setembro os profissionais da educação da rede pública Municipal da Cidade de Valente estão com trabalhos paralisados. A categoria reivindica melhorias consistentes para a classe.Segundo o presidente dos Sindicato dos Servidores Públicos de Valente Gueu Santoli, a categoria reivindica:
– Portaria de Lotação para os servidores: os profissionais concursados da prefeitura de Valente não possuem um local definido de trabalho, ou seja, todos ficam à mercê da vontade do prefeito ou secretários para definir onde irão trabalhar. Assim, nunca tem-se a certeza de onde trabalharão no ano seguinte. A categoria quer uma portaria de lotação e a revisão da legislação para garantir em lei de forma mais detalhada desse direito.
– Eleição direta para dirigentes escolares: a lei municipal do Plano de Cargos e Salários do Magistério Público de Valente, estipula que metade dos diretores e vice-diretores das escolas sejam servidores (professores) efetivos da rede municipal e outra metade de livre nomeação do prefeito. A referida lei prevê eleição para a primeira metade desses cargos. A categoria reivindica a aplicação da lei e a revisão da mesma para que 100% dos cargos de gerenciamento escolar sejam do quadro efetivo municipal.
– Cumprimento da carga horária estabelecida na Lei do Piso Salarial do Magistério:A Lei Nacional do Piso do Magistério prevê uma carga horária máxima de 2/3 (dois terços) em atividades de interação com aluno, o que faz-se, na prática, uma carga horária de 13 horas/aula de atividade com aluno em classe. Em Valente, os professores trabalham 14 horas/aula semana e reivindicam a adequação da carga horária de trabalho com o pagamento imediato das horas extras devidas e trabalhadas em 2013 e 2014 além das devidas adequações nos adicionais dos professores que atuam em séries iniciais da educação básica municipal em igual proporção. Além de se rever o reordenamento da rede para prover a carga horária devida nos próximos anos letivos.
Nesta quinta-feira (11) já completa uma semana de atividades paralisadas e, segundo informações do presidente do SISEV – sindicato dos servidores públicos municipais – que coordena o movimento grevista, já houve negociações com o poder público tendo alguns avanços com metas mais definidas nos dois primeiros itens da pauta da reivindicação contudo, o último item, ainda está em negociação direta com o prefeito da cidade Ismael Ferreira (PT).
Durante os dias paralisados os servidores se mobilizaram em debates e estudos de temas pertinentes à categoria e nova Assembleia está convocada para o próximo dia 12 (sexta-feira).
“A categoria sempre pretendeu resolver o empasse o mais rapidamente possível, o fato é que nas negociações são sempre apresentados entraves pelo poder Executivo municipal que arrastam a solução do problema para adiante, dificultando o entendimento da categoria e, assim, a dissolução da greve” – falou para nossa equipe membros da diretoria do SISEV.
Espera-se que nova proposta do Executivo seja apresentada na Assembleia para apreciação e votação da continuidade ou não do movimento grevista.