O distrito de Bravo, no Município de Serra Preta, localizado na Bacia do Jacuípe, parou por causa do enterro do corpo da estudante Paloma Barreto, de 13 anos, morta na última quinta-feira (2), depois de ficar cinco dias internada, após ter sido baleada no pescoço. O enterro ocorreu no final da manhã de sexta-feira (3).
Familiares, que preferiram não se identificar, informaram à polícia que três adolescentes levaram a jovem para uma casa na zona rural do município, e um suspeito de 15 anos tentou manter relações sexuais com ela. Ainda segundo a família, ela teria negado a relação e acabou levando um tiro de espingarda.
Uma multidão acompanhou o velório da estudante, na casa da família. Parentes, amigos e colegas da escola lamentaram a forma bruta como a adolescente foi morta. “Ela era uma menina de ouro, divertida. Fazia a gente sorrir”, diz, emocionada, Gabriela Azevedo, amiga de Paloma.
De acordo com o que foi apurado até agora pela polícia, a estudante recebeu por e-mail o convite de um amigo para ir a um parque de diversões no sábado (27) à noite, e depois eles seguiram com outros três adolescentes para uma casa, na zona rural do município, onde Paloma foi baleada com um tiro de espingarda no pescoço.
Um dos jovens, de 15 anos, está sendo acusado pela família de Paloma como autor do disparo. “Foi um tiro a queima roupa. Ele matou a minha filha”, lamentou Joelva Moura, mãe de Paloma.
De acordo com a delegada Maria Isabel Rodrigues, “o que nos chegou aqui inicialmente, através da Polícia Militar, foi que se tratava de uma situação em que houve um tiro acidental. Na segunda-feira (29), iniciamos as investigações, que caminham no sentido de que não tenha sido acidental”, acrescenta a delegada.
O comércio do distrito do Bravo fechou as portas em respeito à passagem do corpo da estudante, que foi enterrado sob aplausos e pedidos de justiça.
A Polícia Civil informou que o adolescente suspeito de dar o tiro vai ser apresentado pela família dele, nesta segunda-feira (06).
As informações são do G1 Bahia.