A candidata do PSB a governadora da Bahia, Lídice da Mata, voltou a criticar seus adversários Paulo Souto (DEM) e Rui Costa (PT) por evitarem a discussão de propostas objetivas para solucionar os graves problemas enfrentados pela população nas áreas de segurança, saúde e educação.
“Eles usam o tempo para brigar entre si, como se essas picuinhas interessassem ao povo baiano”, disse, durante o debate entre os candidatos na TV Bahia, que acabou na madrugada desta quarta-feira (1º).
Em suas intervenções no debate, Lídice deu ênfase à apresentação de pontos do seu programa de governo, como a aceleração dos investimentos em infraestrutura e transporte, para facilitar a atração de indústrias para o interior do Estado, gerando emprego e renda nas diversas regiões da Bahia.
Ela assegurou que, em parceria com a presidente Marina Silva, irá destravar as obras de infraestrutura em transporte na Bahia incluídas no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que sofrem com longos atrasos na execução, citando a Ferrovia de Integração Oeste-Leste (IOL) e o Porto Sul, que estavam previstos para ficarem prontos em 2011.
“Queremos que o governo federal, na gestão de Marina Silva, contribuía efetivamente para o desenvolvimento da Bahia. Marina, quando esteve na Bahia, assumiu comigo o compromisso de adiantar as obras que estão em andamento, incluídas no PAC”, disse, citando ainda a ferrovia ligando o Polo Industrial de Camaçari ao Porto de Aratu, a hidrovia do Rio São Francisco, a duplicação das rodovias BR-101 e BR-415 e os novos aeroportos de Ilhéus e Vitória da Conquista.
No debate, a candidata disse ainda que captará recursos para outras obras, como a ampliação do número de faixas da Rodovia BR-324 no trecho entre Salvador e Feira de Santana e a construção de novas ferrovias, como a Belo Horizonte-Salvador, passando por Feira de Santana, e a Transnordestina, ligando Juazeiro a Feira de Santana.
“São investimentos em infraestrutura indispensáveis para que o a industrialização chegue ao interior do Estado, para que possamos dar escoamento à produção, para fazer um governo que una a Bahia”, completou.
GESTÃO – O uso de tecnologias e modelos de gestão modernos, trazidos da iniciativa privada, que reduzam a burocracia e agilizem o atendimento e a prestação de serviços à população, foi uma das propostas apresentadas por Lídice para dar maior eficiência à gestão estadual. No modelo de administração defendido por ela, as secretarias estaduais terão metas e planejamentos que necessitarão de ações coordenadas entre as diversas pastas.
“A tecnologia jogará a nosso favor, fazendo com que as secretarias se comuniquem entre si. A Secretaria da Fazenda fará o controle objetivo dos gastos secundários. Vou racionalizar gastos, combater desperdícios, para garantir a prioridade em investimentos em educação, saúde e segurança pública. Governar é sobretudo administrar as prioridades”, afirmou.
A candidata comprometeu-se também em reduzir parte dos 10,5 mil cargos de indicação política para, com a sobra no orçamento, realizar concurso público para a contratação de servidores para as áreas essenciais e convocar os aprovados nos concursos da Polícia Militar e Polícia Civil, além de coordenadores pedagógicos.
CHUMBO – No debate, Lídice criticou os governos do DEM e do PT que não deram atenção às vítimas da contaminação por chumbo e cádmio no município de Santo Amaro, a maioria delas ex-funcionárias de uma mineradora condenada na Justiça por não adotar procedimentos de segurança no descarte e manuseio de metais pesados.
“Estive lá com a candidata a presidente Marina Silva e nos comprometemos a construir um centro de referência em saúde para atendimento aos contaminados por chumbo. Foi a maior contaminação por chumbo no mundo, 18 mil pessoas contaminadas, mais 900 que morreram. É um problema que ninguém deu atenção, porque estão voltados para um tipo de desenvolvimento a qualquer custo, ainda que o custo seja a vida das pessoas”, disse.
Em uma crítica direta ao candidato Rui Costa, do PT, Lídice afirmou: “Você está no governo há sete anos, foi deputado votado naquela cidade, o prefeito de lá é do seu partido, e não fez pela cidade aquilo que era fundamental. Isso é a questão mais importante da cidade”.
Fonte: ASCOM PSB