Em uma semana, subiu de 1.481 para 1.613 o número de casos suspeitos de chikungunya na Bahia, de acordo com os dados do boletim estadual da Secretaria de Saúde, divulgados nesta quinta-feira (6). A quantidade levantada se refere ao período até a quarta-feira (5).
Do total, a doença foi confirmada em cinco cidades da Bahia. A maior parte continua sendo registrada em Feira de Santana, em 419. Riachão do Jacuípe com 141 casos confirmados. Salvador tem duas pessoas com o vírus. Já Alagoinhas, Cachoeira e Amélia Rodrigues aparecem com um.
De acordo com a Sesab, tanto os casos da capital baiana, quando os das outras três cidades com um caso casa, as pessoas que contraíram o vírus chikungunya têm algum tipo de vínculo com Feira. No boletim divulgado no dia 23 de outubro, eram 1.267 notificações em 35 cidades.
Entenda o vírus – A infecção pelo vírus chikungunya provoca sintomas parecidos com os da dengue, porém mais dolorosos. No idioma africano makonde, o nome chikungunya significa “aqueles que se dobram”, em referência à postura que os pacientes adotam diante das penosas dores articulares que a doença causa.
Em compensação, comparado com a dengue, o novo vírus mata com menos frequência. Em idosos, quando a infecção é associada a outros problemas de saúde, pode até contribuir como causa de morte, porém complicações sérias são raras, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).
O vírus chikungunya pode ser transmitido pelo mesmo vetor da dengue, o mosquito Aedes aegypti, e também pelo mosquito Aedes albopictus, e a infecção pelo chikungunya segue os mesmos padrões sazonais da dengue, de acordo com o infectologista Pedro Tauil, do Comitê de Doenças Emergentes da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI). O risco aumenta em épocas de calor e chuva, mais propícias à reprodução dos insetos. Eles picam principalmente durante o dia. A principal diferença de transmissão em relação à dengue é que o Aedes albopictus também pode ser encontrado em áreas rurais, não apenas em cidades.
Fonte: G1BA