A Igreja dos Capuchinos como é conhecida ficou lotada, e como nas grandes cerimonias católicas formou-se uma grande fila de religiosos de várias regiões da Bahia e até de Sergipe, sendo seminaristas, diáconos, padres, bispos, monsenhor, arcebispo e o núncio apostólico, enquanto o coral entoava o canto de entrada. Os religiosos ocuparam as primeiras fileiras de cadeiras.
A missa, presidida pelo Núncio Apostólico, dom Giovanni D’Aniello, na Igreja de Santo Antônio, na Avenida Presidente Dutra, bairro dos Capuchinhos, em Feira de Santana, na tarde de sábado (22), a arquidiocese de Feira de Santana, comemorou os 30 anos de Episcopado do Arcebispo Dom Itamar Vian. Na oportunidade foi comemorado também os dez anos de instalação da Faculdade Católica de Feira de Santana e os dez anos do Seminário Maior Sant’Anna Mestra. Foi a primeira vez um Núncio Apostólico, ou seja, o representante diplomático da Santa Sé no Brasil e com a função de embaixador, visitou Feira de Santana.
Ao pronunciar dando boas vindas, o prefeito José Ronaldo de Carvalho (DEM) narrou a biografia de dom Giovanni D’Anielo, ordenado sacerdote em 8 de dezembro de 1978, doutor em Direito Canônico e ingressou no Serviço Diplomático da Santa Sé em 1983, tendo desempenhado a sua atividade junto às Representações Pontifícias do Burundi, Tailândia, Líbano, Brasil e seção para as Relações com os Estados da Secretaria de Estado, no Vaticano,. no dia 10 de fevereiro de 2012 o Papa Bento XVI o nomeou núncio apostólico no Brasil depois de exercer a mesma função na República Democrática do Congo, em 2001, e em 2010, foi transferido para a Tailândia e Camboja.
Dom Giovanni D’Aniello disse ao iniciar a celebração da missa, que estava grato pela acolhida em Feira de Santana, ou seja, foi recebido “com amor de pai para o clero”, garantindo que voltará no próximo ano para inauguração do mosteiro Irmãs Clarissas que está em construção e será o primeiro no Estado da Bahia. Ele destacou também a festa em louvor a Cristo Rei criada pelo papa Pio XI em 1925 e celebrada no último domingo do ano litúrgico como ponto de chegada de todo o mistério celebrado, para dar a entender que Ele é o fim para o qual se dirigem todas as coisas e tem uma conotação de grandiosidade.
Enquanto dom Giovanni D’Aniello prepara o altar colocando nele o corporal, o purificatório, o missal e o cálice, duas irmãs religiosas traziam dons tenham para serem colocados sobre o altar. O pão e o vinho são depositados sobre o altar por dom Giovanni D’Aniello que proferiu as fórmulas estabelecidas.
O Núncio Apostólico preparou com uma oração em silêncio para receber frutuosamente o Corpo e Sangue de Cristo. Os fiéis fazem o mesmo, rezando em silêncio, seguindo por mostra aos fiéis o pão eucarístico sobre a patena ou sobre o cálice e convida-os ao banquete de Cristo. A comunhão foi distribuída aos fiéis e aos religiosos pelos bispos presentes.
Nos ritos de encerramento, dom Itamar Vian disse que tem quatro famílias, sendo a primeira pai e mãe, a segunda, a Ordem dos Frades Capuchinhos, a terceira, diocese de Barra, onde chegou em 1984 e a quarta família, arquidiocese de Feira de Santana, que assumiu em 1995. Ele lembrou que o processo de transferência da diocese de Barra para Feira de Santana, foi preparado por dom Giovanni D’Aniello, na época secretário da na nunciatura apostólica no Brasil.
Dom Itamar finalizou renovando seu compromisso de fé, fidelidade, serviço o povo, a Igreja e começa ali sua vida de bispo. Dom Frei Itamar Navildo Vian, nasceu em Roca Sales, 27 de agosto de 1940, ordenou padre capuchinho, depois bispo católico e hoje Arcebispo de Feira de Santana. Dentre as atividades antes do episcopado, foi diretor de Estudantes de Filosofia em Ijuí e Pelotas no período 1969/1975, professor de Psicologia e Meios de Comunicação Social na Faculdade de Ijuí, em 1969. Na Universidade Católica de Pelotas foi o Decano do Centro de Educação e Ciências do Homem e Coordenador do Departamento de Psicologia e Antropologia, de 1970 a 1975.
Foi Definidor da Província dos Frades Capuchinhos do Rio Grande do Sul, entre os anos de 1976 a 1984 e no episcopado, de 1984 a 1995 foi Bispo de Barra; Bispo de Feira de Santana, de 1995 a 2001 e o primeiro Arcebispo Metropolitano de Feira de Santana, em 2002.
Em Feira de Santana, dom Giovanni D’Aniello, conheceu O Seminário Arquidiocesano Santana Mestra, um espaço de integração e o convívio dos alunos que aí vão residir. A instituição faz parte do grande complexo chamado Centro Arquidiocesano de Formação que está diretamente vinculado à Arquidiocese de Feira de Santana e tem área total construída de 4.888,27 m2, sendo distribuídos em 3.463.90 m2 no térreo e 1.424,37 m2 no pavimento superior situado na Estrada do Papagaio e a Faculdade Católica, criada em 2004 com o objetivo de desenvolver a formação e preparação de Pastores e Agentes de Pastoral, tendo em vista a renovação e o desenvolvimento vocacional de pessoas laicas desejosos de atuar na ação pastoral e missionária da própria igreja ou com o firme propósito de ingressar na vida sacramental do sacerdócio, em estreita observação aos princípios e valores observados pela igreja católica, e em consonância com as diretrizes da própria igreja e da legislação do ensino vigente à época.
Com a criação da Província Eclesiástica de Feira de Santana, consolidou-se o projeto de construção do Seminário e do Curso de Teologia atendendo as Dioceses de Feira de Santana, Barra, Irecê, Serrinha, Paulo Afonso, Juazeiro, Rui Barbosa e fez uma visita às Irmãs Clarissas e ao mosteiro, em construção, o primeiro no Estado da Bahia.( VEJA O ÁLBUM DE FOTOS)
Redação CN * fotos: Raimundo Mascarenhas