O baiano de Ubaíra e presidente nacional do Partido Comunista do Brasil, Renato Rabelo, vai receber uma homenagem proposta pelo deputado estadual Álvaro Gomes (PCdoB) no próximo dia 21 de novembro, às 10h, no Plenário da Assembleia Legislativa da Bahia. Rabelo, que é um dos políticos que enfrentou a ditadura militar no Brasil com coragem e desejo de mudança receberá o Título de Cidadão Benemérito da Liberdade e da Justiça Social João Mangabeira.
A comenda é a mais alta condecoração concedida pela Alba para reconhecer brasileiros com causas nobres, humanas e sociais. Dentre suas ações está a luta ferrenha contra o período ditatorial. Rabelo também foi um dos principais articuladores das campanhas eleitorais de Luis Inácio Lula da Silva.
“Renato Rabelo faz de sua vida um tributo à causa coletiva, à luta por justiça social e democracia, pela construção de um Brasil Socialista. Sua biografia é exemplo para todos os militantes das causas progressistas e uma punhalada na resignação e no individualismo difundido pelas forças conservadoras e elitistas, que tentam a todo custo afastar o povo da vida política e dos destinos do país. Sim, vale a pena lutar!”, reforça Álvaro Gomes.
Histórico
José Renato Rabelo é presidente nacional do Partido Comunista do Brasil – PCdoB desde seu 10° Congresso, em 2001. Baiano, nasceu em 1944, tendo estudado economia e cursado medicina na Universidade Federal da Bahia, até o 6° ano. Iniciou sua militância política na juventude, identificado com as bandeiras populares e progressistas. Militou na JUC, Juventude Universitária Católica, quando estudante de medicina na UFBA.
Foi um dos fundadores e dirigentes da Ação Popular – AP, criada em 1961, grupo político egresso da JUC que, a partir do ano de 1967, passou a adotar posições marxistas e revolucionárias. Foi presidente da União dos Estudantes da Bahia (UEB) e, em 1966, vice-presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), com o país submetido à ditadura militar.
Em 1972, junto com Haroldo Lima e Aldo Arantes, também dirigentes da Ação Popular, teve papel de destaque na incorporação desta organização ao Partido Comunista do Brasil. Lutador das causas democráticas, foi ferrenho opositor da ditadura, que combateu sem trégua. Não se abatendo mesmo diante das piores intempéries. Perseguido pelo regime militar, foi forçado a ingressar na clandestinidade, no ano de 1966, quando deixou a Bahia. De 1976 a 1979 esteve exilado na França, onde trabalhou em hospitais como interno.
Como presidente nacional do PCdoB foi um dos principais articuladores das campanhas de Luis Inácio Lula da Silva à presidência da República e um dos elaboradores do “Manifesto em Defesa do Brasil, da Democracia e do Trabalho”, sendo um dos principais artifícies da aliança que assegurou a vitória das forças populares e progressistas em 2002.
Ao longo dos governos Lula e no governo Dilma, tem sido um dos principais defensores da aplicação do projeto mudancista que assegure o desenvolvimento, a geração de emprego e renda, a soberania nacional e o fortalecimento da democracia.