Nesta sexta-feira (28) o vice-prefeito de Riachão do Jacuípe, Francisco Tadeu Carneiro Filho (PT) declarou em entrevista ao Programa Baiana Livre da Rádio Baiana FM que não faz mais parte do grupo político da prefeita Tânia Matos (PDT). Segundo Dr Francisco como é conhecido, a prestação de contas da atual gestão, relativa ao ano de 2013 foram aprovadas, porém diz não entender como isto aconteceu, já que a gestora terá que devolver cerca de R$ 200 mil ao município e que a mesma emitiu 12 cheques sem fundos, tudo isso, para ele foi a gota d’água, para seu rompimento. Além disso, o vice prefeito disse que as promessas de campanha foram logo esquecidas pela atual gestão, “durante o pleito 2012 em muitas concentrações políticas (comícios) foi massificado pela prefeita em seus discursos que trabalharíamos juntos, o discurso de uma imediata construção de gabinete para o vice prefeito era comum, isso levou a população a esperar mais dele,”no entanto, mesmo com as promessas não cumpridas, e sem voz nem vez no atual governo,minha colaboração foi dada enquanto vice prefeito, pois não me afast dei do cargo, e na medida do possível, continuarei lutando pelo desenvolvimento do Riachão”, disse em entrevista na rádio.
Ele citou várias obras e ações do governo federal e estadual que o mesmo esteve lado a lado na busca. Lembrou que atualmente dá continuidade à luta pela UFNB para o município, sendo ele um dos membros colaboradores do Projeto de implantação da Universidade no Nordeste baiano.
Dois anos de muito embrulho, promessas e adiamentos
“Fizemos tudo que considerávamos viáveis para um diálogo saudável com a prefeita e a gestão atual, no entanto, a gestora preferiu tocar sua gestão como uma ‘administração familiar’, que gira em torno de apenas três pessoas de sua família, administrando o município de forma arcaica,” denunciou.
Ele ainda afirmou que as duas secretarias dadas ao PT, encontraram diversos entraves, cortes e total falta de apoio. “Na ocasião, a chamamos para conversar, fizemos até a proposta de assumir uma das secretarias, e, mais uma vez, nos foi negado”, dispara Francisco.
“Acho que quando um secretário é nomeado ele precisa de autonomia para executar seu Plano de Ação, mas o que acontecia era exatamente o contrário, estas secretarias não tinham sequer autonomia para dar uma simples ordem de gasolina.
Francisco disse ainda que sempre buscou dar a sua parcela de contribuição buscando recursos junto aos deputados que apoiou, e os resultados estão aí. “Estamos tranquilos porque quem nos conhece e acompanha a nossa luta sabe de nossa contribuição para o desenvolvimento do Riachão”, continua o desabafo.
Ainda de acordo com o vice prefeito, nas muitas tentativas de diálogo com a gestora, em sua maioria, frustradas, quando conseguia sempre pontuava para a mesma a necessidade do atual governo colocar em prática o que ambos, enquanto chapa vencedora, haviam prometido nos palanques em 2012, pois, este governo foi defendido em campanha com base em três premissas: transparência, adimplência, e desenvolvimento, mas o que estamos vendo é atraso de salários, cheque sem fundos, falta de clareza nos processos administrativos e no geral, uma grande deficiência em gerir o município.
Para Francisco a atual gestão se embaraça com coisas simples por falta de experiência e traquejo com a administração pública, tocando o município de maneira arcaica defasada. Sobre as especulações de que o vice prefeito queria firmar um governo paralelo, Francisco respondeu que muita gente, por interesses individuais, desde o início da gestão, buscava disseminar ideias como esta, com o intuito de desagregar, explica.
Francisco afirma que quanto a isto, estar tranquilo, pois nunca teve a pretensão de adentrar ao espaço que foi dado à gestora e que até 2016 deva ser dela, aliás, sempre defende o seu direito natural de ir para a reeleição em 2016, contando que a mesma realizasse uma boa gestão.
“Apesar de tudo, sempre a respeitei e continuarei respeitando-a como mãe de família e enquanto autoridade, não faço política com ódio nem rancor, nem penso no quanto pior melhor, só que isso, não significa minha omissão aos desmandos e equívocos que vêm acontecendo nesta gestão” justifica o vice prefeito.
A entrevista seguiu com perguntas do apresentador Agenor Filho, que no final agradeceu ao vice prefeito Dr Francisco, pela entrevista por telefone. Além de Dr Francisco, estão rompidos ou afastados da gestão atual, o vereador Adelson Ferreira, Catarino da Loja, Dr Josemar, Esaú Silva, Robinho, Dr Ferreirinha, e outras lideranças que participaram ativamente da campanha em 2012.
Da Redação CN