O território quilombola do Maracujá, no município de Conceição do Coité, será reconhecido oficialmente na próxima terça-feira (4), em cerimônia na própria comunidade. Durante a tarde a Secretaria de Desenvolvimento Social irá realizar mais uma edição o projeto Ciranda da Cidadania e ás 17h acontecerá uma caminhada da Fazenda Vargem a sede do Maracujá, num percurso de 2,5 Km.
Os moradores de Maracujá poderão acessar as políticas públicas voltadas para quilombolas e segundo secretaria Evania Carneiro, a Prefeitura vai trabalhar oferecendo o conjunto de políticas públicas para a agricultura familiar para a comunidade e com o compromisso de fazer com que esse território quilombola se transforme numa comunidade com produção e com renda.
Depois que as comunidades são reconhecidas como quilombolas, os moradores podem ser inseridos em programas de políticas públicas do governo federal, como o Minha Casa Minha Vida Rural e o Luz Para Todos. “(A certificação) É um importante passo para ter acesso a esses programas sociais. Com o certificado, eles podem solicitar crédito na Caixa Econômica para o Minha Casa Minha Vida Rural, por exemplo”, falou Evania.
Representantes da Fundação Cultural Palmares, entidade vinculada ao Ministério da Cultura (MinC), vão participar do evento. No mês de agosto foram concedidos a 22 comunidades baianas a certificação de quilombolas. Segundo a publicação do DOU, as comunidades estão distribuídas em quatro cidades do Centro-Norte: 10 ficam no município de Central; 10 em Mulungu do Morro; uma em Água Fria e outra em Caém.
Em 2012, a Universidade do Estado da Bahia (UNEB), divulgou um documentário sobre tecnologia social da memória e experiência videográfica no povoado do Maracujá, resultado de um projeto da professora da UNEB Rosane Vieira do curso de Comunicação Social do Departamento de Educação (DEDC) do Campus XIV da UNEB, em Conceição do Coité.