Um documento de cerca de 300 páginas, elaborado pela Comissão Estadual da Verdade, revelou que houve repressão e tortura em Feira de Santana, no período da ditadura militar. O resultado das investigações foi entregue na última segunda-feira (29) ao atual governador Jaques Wagner, que será ministro da Defesa a partir do dia 1º de janeiro.
Segundo informações publicadas no Correio, o coordenador da CEV-BA, o jornalista Carlos Navarro Filho, informou que pessoas eram colocadas em prensas de fumo e amassadas pelos torturadores. Além disso, havia na cidade um padre polonês que agia como torturador e comandava ações que indicavam as pessoas a serem presas e torturadas.
O documento, que será repassado ao governador eleito Rui Costa, propõe a revisão e reinterpretação da Lei de Anistia, para que se possa ter acesso aos documentos militares e assim poder investigar e punir os responsáveis por crimes cometidos durante os 21 anos de regime militar no Brasil, como também a troca de nomes de prédios públicos e logradouros.
De acordo com Jaques Wagner é preciso responsabilizar também os civis que participaram dos atos. “Existe um personagrama de quem fez e levou as Forças Armadas para este caminho, inclusive muitos civis, empresários de todas as áreas. Fica parecendo que elas foram mandatárias exclusivas”.
Acorda Cidade