A grande maioria dos municípios do Brasil vem enfrentando crise financeira com queda de receitas do FPM (Fundo de Participação dos Municípios) deixando sem recursos para honrar seus compromissos com fornecedores e alguns deles com dificuldades até mesmo de manter a folha de pagamento em dia. O município de Queimadas, localizado no território do sisal, sofreu duas retenções de recursos feitas pela Previdência Social no mês de janeiro, sendo a primeira no dia 10 de janeiro, quando foram confiscados R$ 370 mil e a segunda no dia 20, R$ 26 mil. “No dia 10, por exemplo, não ficamos com um real. Foi muito difícil”, contou o secretário de Finanças, Roberto Antonio de Oliveira.
Com larga experiência no exercício da função, Roberto Antonio disse ao CN que este confisco é referente ao recolhimento patronal, pois dos servidores vêm sendo recolhido regularmente e o patronal é algo que a grande maioria não recolhe, pois compromete praticamente os recursos que já são poucos. Ele lembrou também que nos primeiros 90 dias da gestão atual foram confiscados mais de um milhão e destacou a capacidade administrativa do prefeito Tarcísio Pedreira (PR), que soube conduzir a gestão e com todas as dificuldades não atrasou as folhas de pagamentos e os fornecedores, diferente que acontecia no passado.
Roberto contou que o prefeito vem economizando, mesmo sendo necessário agir com medidas antipopulares, contrariando inclusive pessoas politicamente ligadas ao seu grupo político, mas mantém o município equilibrado. “Só a folha do setor administrativo custa R$ 491 e tínhamos uma parte do recurso em caixa, com a última parcela do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) foi possível completar e estamos pagando a folha, mantendo a meta estabelecida pelo prefeito”, concluiu Roberto Oliveira.
Por telefone, o prefeito Tarcísio Pedreira disse ao CN que a Prefeitura já vem a alguns meses, estabelecendo estratégias e buscando soluções para manter ativos e funcionando todos os programas e desde que percebeu a defasagem de repasses pelos Governos Federal e Estadual, começou tomar atitudes imediatas para manter os serviços essenciais funcionando. “Nosso objetivo é o salário do funcionalismo, que nunca atrasou e entendemos que a população não deve sofrer os prejuízos desta crise que assola os municípios de todo o país.”, declarou Pedreira.
Redação CN * fotos: Ramundo Mascarenhas