Visando agilizar o funcionamento do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência, popularmente chamado de SAMU 192, a prefeita do município de Riachão do Jacuípe, Tânia Matos (PDT), provocou uma reunião com representantes do consórcio que vai administrar o sistema, com objetivo de resolver os problemas que estão impedindo colocar o serviço a disposição da população dos municípios de Pé de Serra, Nova Fátima, Capela do Alto Alegre, Gavião, Ichu, Candeal e Riachão do Jacuípe, integrantes do consórcio da Bacia do Jacuípe, mas só compareceu o prefeito de Capela do Alto Alegre, Joseney da Silva Santos (PTB), acompanhado do secretário de saúde e do vereador Luís Romeu e representantes de Nova Fátima, forçando assim a convocação de uma nova reunião após o carnaval, ficando a prefeita Tânia com o compromisso de convidar pessoalmente os colegas, pois, tem até o dia 30 de março para colocar em funcionamento.
Tânia Matos disse ao CN que vem convocando os colegas e assumindo pessoalmente esta frente de luta, pela sua responsabilidade de colocar as ambulâncias para funcionar e atender a população, para isso é necessário que saibam o que é necessário. “Riachão do Jacuípe é o município gestor do programa, mas a responsabilidade de colocar o programa para funcionar é de todos os municípios”, ressaltou a pedetista.
Ela falou que sabe das dificuldades financeiras que os municípios vêm enfrentando, mas entende que saúde está em primeiro plano e não se deve ignorar isso. A prefeita lembrou que já estão na cidade desde 2012 duas ambulâncias, sendo um veículo Van, padrão UTI Móvel com todos os equipamentos necessários para prestar os primeiros socorros e garantir a integridade das vítimas, porém chegou sem as definições como a SAMU iria funcionar, criando um mal estar político no município e que também já está pronto o local adequado para funcionar a base do SAMU. “Quero deixar uma coisa muito clara: um município somente não consegue colocar a SAMU para funcionar. Caso contrário tem que devolver as ambulâncias e eu não quero devolver. Vamos encontrar uma solução”, concluiu Tânia Matos.
Segundo Antonio Leão Carneiro Junior, coordenador de Urgência e Emergência do consorcio, para funcionar a SAMU os município deve assumir um custo em torno de R$ 0,70 por habitante e a região será atendida por três ambulâncias, sendo que duas estão em Riachão do Jacuípe e uma em Nova Fátima. “Das duas ambulâncias que estão em Riachão do Jacuípe, uma é a Unidade de Suporte Avançado (USA), ou seja, UTI móvel e a outra é uma Unidade de Suporte Básico (USB). Em Nova Fátima tem uma USB”, disse Junior Carneiro.
Ele lembrou ainda que USA irá atender os sete municípios e USB, veículos que estão em Riachão do Jacuípe, irão atender, além do município sede, Ichu, Candeal e Pé de Serra e a USB de Nova Fátima irá atender também Capela do Alto Alegre e Gavião. “Toda a parte necessária para funcionar o SAMU já está pronta, o que falta são os prefeitos se reunirem para definir data dos repasses financeiros para a manutenção e definir a data que irá iniciar o serviço. A parte burocrática, ou seja, os meios para legalizar os repasses e os projetos de lei que oficializa tudo isso já foram aprovados pelas câmaras, entre outros”, concluiu o coordenador.
Nei do Banco como é conhecido o prefeito de Capela do Alto Alegre, deixou a reunião frustrado por não ter definido quando os veículos do SAMU. Segundo ele, desde quando assumiu em 2013 foi convocado para tratar do mesmo assunto e já se passaram dois anos e continua na mesma.”Eu sempre falo para os secretários e a população de Capela que saúde é em primeiro lugar, e a gente vem buscando esse objetivo, mas infelizmente até o momento não foi possível, mas tenho esperança que vai ser resolvido esse problema. A gente fica triste quando chega numa reunião dessa com a coordenadora do SAMU de Feira de Santana e a maioria das cidades que serão beneficiadas com o SAMU não compareceu para discutir o assunto. Sabemos que só dois ou três municípios não vão conseguir pagar as despesas, temos que ter a união dos sete municípios, mas parece que falta interesse de alguns.”, concluiu Nei.
O SAMU do consorcio os sete municípios faz parte da SAMU Regional, com sede em Feira de Santana que atende 27 municípios e 25 unidades móveis deveriam está sendo utilizadas para atender os chamados da população.
A coordenadora do SAMU de Feira de Santana, Maíza Macedo, esteve presente na reunião em Riachão do Jacuípe e disse que o atendimento na região conta com uma frota composta por seis Unidades de Suporte Avançado (USA), que funcionam como UTI móvel, e 19 Unidades de Suporte Básico. De acordo com Maíza Macedo, 12 ambulâncias permanecem em Feira de Santana e 13 foram distribuídas entre os municípios da microrregião.
O presidente da Câmara Municipal de Riachão Célio Roberto conhecido por Celinho da Saúde e os vereadores Adonias, Zil, Xavier, Nem, Catarina, Clecia, Adelson e Beto. Não estiveram presentes e se mostraram interessados em ajudar no que for preciso para o funcionamento, enquanto os vereadores, Ninho, Juninho, Franklin e Marquinhos. não compareceram. Todos secretários de Governo também estiveram presentes.
Ao todo são 28 municípios atendidos: Anguera, Amélia Rodrigues, Antônio Cardoso, Candeal, Conceição do Jacuípe, Coração de Maria, Tanquinho, Ichu, Ipecaetá, Ipirá, Irará, Pintadas, Rafael Jambeiro, Riachão do Jacuípe, Santa Bárbara, Santanópolis, Santo Estevão, São Gonçalo dos Campos, Serra Preta, Teodoro Sampaio, Terra Nova, Baixa Grande, Capela do Alto Alegre, Gavião, Mundo Novo, Nova Fátima e Pé de Serra.
O SAMU atua principalmente nas situações onde houver risco de vida iminente, urgências clínicas agudas, tipo parada cardio-respiratória, dificuldade respiratória severa, convulsões, urgências traumáticas como atropelamentos, acidentes de trânsito, quedas, queimaduras graves, afogamentos, agressões por armas de fogo ou brancas, choques elétricos, dentre outras.
Redação CN * fotos: Raimundo Mascarenhas