A eleição da presidência da Assembleia Legislativa da Bahia – ALBA vem dando o que falar desde antes, durante e depois do pleito que aconteceu na tarde de segunda-feira,2, quando Marcelo Nilo concorreu em chapa única a presidência da Casa e conquistou 51, dos 52 votos que foram pra urna. Um foi nulo.
A bancada petista confirmou na tarde de segunda-feira (2), após reunião, e o resultado da eleição que não teve voto petista que também não indicou ninguém para a chapa, que questionará a legalidade da reeleição de Marcelo Nilo para a presidência da Casa por meios legais.
De acordo com informações do jornal A Tarde, o PT organizará fóruns e debates públicos para discutir o assunto e pretende entrar com uma ação direta de inconstitucionalidade (Adin) logo após o resultado da eleição ser publicado no Diário Oficial. Os petistas chegaram a questionar o ato durante a sessão de posse, quando o deputado Joseildo Ramos (PT) apelou para a faceta “regimentalista” do deputado Reinaldo Braga (PR), que presidia os trabalhos.
Marcelo Nilo que já está meio que “aborrecido” com os petistas chegando a comentar nos bastidores que de quem menos esperava o apoio para sua reeleição recebeu, como foi o caso do Democratas, considerado eterno rival, enquanto o PT o qual sempre contou com seu apoio tendo sido um dos principais enfrentadores do carlismo na Bahia, agora recebe isso de troco, insatisfação e ameaça de ir pra justiça.
O deputado Marcelo Nilo (PDT) hoje ameaça romper com a bancada petista caso eles realmente entrem na justiça questionando a sua eleição. Isso não significa, para Nilo, a racha com o Executivo, pois ele conseguiria fazer tal separação.
Em entrevista à rádio Bandnews FM, na manhã desta terça-feira (3), Nilo revelou estar convencido de que a ação ajuizada e julgada na manhã de segunda-feira (2) para barrar qualquer tentativa de reeleição foi um artifício utilizado pelo próprio deputado estadual e adversário na disputa pela presidência, Rosemberg Pinto (PT).
Segundo o pedetista, um dos advogados que protocolaram a ação popular também atuava como consultor jurídico do Sindipetro, e doou para a campanha do ex-deputado estadual, Luiz Alberto (PT). “Se a pessoa que entrou com uma ação foi um laranja? Estou convencido. Rosemberg não pode dizer que não conhecia o advogado. Você conhece o papa? Se disser que não, é a mesma coisa que Rosemberg falando que não o conhecia”, disse Nilo. Por outro lado, o deputado petista comentou na Rádio Metrópole, também nesta terça, que não seria necessária a atitude drástica do presidente da AL-BA.
“Não tenho nada contra Marcelo Nilo. A questão aqui é com a Assembleia, apenas um debate. Amanhã é um outro dia. Não precisamos criar esse processo de rompimento com o PT, nem nós com o PDT. Somos partidos aliados e ele precisa entender que é um direito do partido dos trabalhadores questionar o processo, não ele especificamente, porque ele sempre foi um aliado desse projeto”, falou Rosemberg. Ainda sobre a lealdade entre os partidos, o deputado enfatizou que o PT chegou a perder dois deputados para esta legislatura por conta de costuras políticos, qualificando a ação como “generosidade” aos partidos aliados.
Redação CN * informações Bahia Noticias / fotos: Raimundo Mascarenhas