A APLB/Sindicato Núcleo Monte Santo comunicou através de oficio a paralisação de suas atividades hoje (15), a medida vem atender a paralisação Nacional dos Trabalhadores de Educação.
Antes, a APLB comunicou a Secretaria de Educação de Monte Santo, representada pelo secretário José Ricardo Pinheiro da Silva, atendendo a proposta pela CNTE ( Central Nacional dos Trabalhadores em Educação).
O principal assunto do momento “carro chefe” da paralisação é a PL 4.330 que segundo o sindicato representa o maior ataque do setor empresarial contra os direitos da classe trabalhadora na história do país. Além de ampliar os limites da terceirização para as atividades-fim das empresas – contrariando a atual regra que limita a terceirização em atividades-meio –, o Projeto abre precedente para ampla terceirização no setor público (administração direta, autárquica e fundacional).
Segundo Cosme Adailton Matos, secretário Sindical da APLB Núcleo Monte Santo, estudos revelam que os/as trabalhadores/as terceirizados recebem 25% menos que os contratados diretamente pelas empresas, além de trabalharem, em média, 3 horas a mais. Em função de não receberem formação profissional periódica, os acidentes de trabalho predominam entre os terceirizados.
Ainda de acordo com o secretário,atualmente, o Brasil conta com cerca de 12,7 milhões de trabalhadores/as terceirizados/as (26,8% do mercado de trabalho), podendo essa forma de contratação atingir mais de 40 milhões de trabalhadores/as em poucos anos. Ou seja: o Parlamento Nacional está impondo a precarização do trabalho no Brasil em benefício dos lucros das empresas, que financiam campanhas eleitorais e que são representadas por quase metade dos deputados e senadores (a bancada empresarial compreende 45% do Congresso Nacional!).
“Diante desse cenário tenebroso, os trabalhadores e trabalhadoras em educação se unem à luta dos demais trabalhadores e trabalhadoras contra o PL 4.330/04, e antecipam a resistência da categoria contra a terceirização nas escolas públicas – uma triste realidade em muitos lugares do Brasil –, e também contra a fragilização das carreiras profissionais e da organização sindical, direitos seriamente ameaçados pelo nefasto projeto da terceirização ilimitada”, protestou.
Adailton garantiu que a categoria, a fim de cumprir o calendário letivo, de 200 dias de aula, desde já,se coloca a disposição para reposição do dia paralisado.
Redação CN * informações Monte Santo.Net