A Copa América de 2016, edição comemorativa do centenário do torneio, corre o risco de não ser realizada, na visão do secretário-geral da Conmebol, o argentino José Luis Meiszner. A competição está prevista para ser realizada justamente nos Estados Unidos, país que encabeça a investigação sobre o alto escalão da FIFA, que resultou na prisão de sete dirigentes, entre eles o ex-presidente da CBF José Maria Marin. Segundo Meiszner, as suspeitas que envolvem as entidades organizadoras do torneio (Conmebol e Concacaf) são suficientes para colocar em dúvida a realização do torneio.
A edição, caso seja confirmada, terá 16 equipes, excepcionalmente: as dez da América do Sul, sempre presentes na competição, mais seis do resto do continente – Estados Unidos, México, Costa Rica e Jamaica já estão confirmados. “Hoje é preciso se colocar uma enorme interrogação sobre a possibilidade de disputar essa Copa. O presidente de uma das confederações está preso, as empresas titulares dos direitos têm seus fundos bloqueados, não se pode dizer que as coisas no futuro vão ser como estão previstas”, disse Meiszner. Recai sobre a Conmebol boa parte do escândalo investigado pelos Estados Unidos. Centenas de milhões de dólares teriam circulado, como propina, para a liberação dos direitos comerciais justamente da Copa América nas duas últimas décadas. Nicolás Leoz, ex-presidente da entidade, teve decretada sua prisão domiciliar. Os Estados Unidos pedem a extradição dele.
Tribuna da Bahia