Presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia Legislativa da Bahia, o deputado estadual Joseildo Ramos (PT) usou a tribuna nesta segunda-feira (1º) para tecer duras críticas à postura do presidente da Câmara Federal, o deputado Eduardo Cunha (PMDB), e às irregularidades da aprovação da matéria que trata do financiamento privado de campanhas. “O presidente fez uma manobra e colocou para votar uma matéria já vencida. Botou mais um jabuti em cima de uma árvore. Reprisou uma votação que não poderia dentro da mesma sessão legislativa, um erro crasso”, afirmou Joseildo.
De acordo com o parlamentar, a Proposta de Emenda à Constituição aprovada na última quinta-feira (28), um dia depois de já ter sido reprovada pela maioria dos deputados, é fruto de uma “manobra espúria e totalitária” do presidente da Casa. Ainda segundo Joseildo, Cunha expôs o parlamento brasileiro, “levando a situação para o anedotário da Casa Legislativa”. “Mais uma vez está estabelecido que raposa não deve tomar conta de galinheiro”, ironizou.
O presidente da CCJ classificou ainda a matéria aprovada na Câmara Federal como uma “piada”, e alertou para incoerências no artigo 17 da redação da PEC que permite que partidos recebam dinheiro de pessoas jurídicas e candidatos não. “No financiamento, tal qual foi votado, o recurso vai para o partido, mas o partido não terá condição de direcionar esta verba para qualquer candidato seu, já que o partido é uma pessoa jurídica”, explicou.
Assessoria de Comunicação