A deputada Fátima Nunes tem como uma das metas de seu mandato, a valorização da Água, fazendo com que ela corra para quem mais precisa. Na região do semiárido baiano, Fátima Nunes comemora o sucesso dos empreendimentos, juntamente com as populações dos municípios de Cícero Dantas, Fátima, Heliópolis, Paripiranga, Adustina, Euclides da Cunha, Canudos, Monte Santo, Quinjigue, Cansanção, Araci, Tucano, Santa Luz, Pedro Alexandre Povoados de Jeremoabo, além da construção de gigantesca barragem do Gasparino, no município Cel. João Sá. “Se antes a população era humilhada pelo fisiologismo da famigerada ¨Industria da Seca¨ agora tem água nas cisternas e nas torneiras”, diz a deputada.
Segundo a Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR) nos últimos 13 anos , pouco mais de um milhão de cisternas residencial e 815 cisternas coletivas foram entregues em 1.330 municípios dos estados brasileiros atendidos pelo Programa Água para Todos, e só no semiárido baiano, já foram entregues 46.000 cisternas atendendo a milhares de famílias que agora tem água em suas casas segundo a Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR).
Preocupada com o que pode acontecer com o meio ambiente e principalmente com a água, Fátima Nunes sempre promove uma Seção Especial de sua autoria relacionado com o tema em foco, Meio Ambiente – ÁGUA É VIDA: ausência e excesso, dentro da política de segurança hídrica, e a última sessão foi realizada no dia 18 de junho de 2015, na Plenária da Assembléia Legislativa da Bahia, do Centro Administrativo onde foi dado o alerta sobre a estiagem no estado que será forte com a ocorrência severa do fenômeno El Niño, que se anuncia com o resfriamento do Oceano Pacífico. O evento promovido por iniciativa da deputada Fátima Nunes (PT) reuniu algumas das principais autoridades ligadas ao meio ambiente e recursos hídricos na Bahia.
O mapeamento do regime de chuvas realizado pelo Instituo Nacional de Meteorologia (Inmet) aponta para a previsão de falta de chuvas em quase toda a Bahia até setembro e um forte indício de que o El Niño ocorrerá em breve. Por outro lado, o diretor regional do Inmet, Itajacy Diniz, revelou que os levantamentos do instituto dão conta que Salvador sofreu este ano a maior incidência de chuvas em um mês de maio dos últimos 24 anos.
Itajacy, no entanto, considera que não há elementos para garantir a existência de mudança climática em virtude do aquecimento global. “O que há é a ação do homem alterando as variáveis climáticas”, disse, exemplificando o agravamento de inundações pela opção de cobrir os rios.
CISTERNAS
Alarmada com as informações apresentadas pelo dirigente, Fátima Nunes avisou que vai promover outra sessão especial ou audiência pública para discutir alternativas de enfrentamento da seca, a exemplo da distribuição de cisternas. Outra opção para enfrentar a estiagem são as reservas subterrâneas e, neste aspecto, a boa notícia veio do diretor de Meio Ambiente e recurso Hídricos da Cerb, Godofredo Lima Júnior. Em uma apresentação bastante didática, ele revelou que a Bacia de Tucano, no âmago do semiárido, pode dobrar a extração hídrica sem haver rebaixamento significativo do aquífero.
Vários dos dirigentes que se pronunciaram na tarde de ontem, a exemplo do superintendente do Ibama, Célio Pinto, revelaram a necessidade de que as várias entidades ambientais estabelecem uma maior sinergia. Bruno Jardim, diretor de Águas da secretaria do Meio Ambiente, explicou que quando os diversos órgãos do setor hídrico criarem um sistema de informação mais qualificado, a gestão das águas poderá ser mais efetiva.
CONCENTRAÇÃO
O diretor de Revitalização de Bacia da Secretaria de Infraestrutura Hídrica e Saneamento (SIHS), José Olímpio, revelou em seu pronunciamento que a pasta em que atua foi criada pelo governador Rui Costa justamente por identificar a dispersão que havia anteriormente. A SIHS, com o objetivo de concentrar as decisões do setor, passou a administrar a Embasa, a Cerb e a Agersa, antes vinculadas à Sema e à Sedur. Ao falar das ações governamentais para garantir a segurança hídrica, enfatizou no planejamento para os próximos 25 anos. O diretor técnico e de Planejamento da Embasa, César Ramos, falou sobre a perda de água, que muitas vezes pode chegar até a 70%. Um dos pontos levantados foi sobre as ligações clandestinas, onde se registra bastante desperdício. Segundo ele, o consumo médio de uma ligação regular em de 18 metros cúbicos, enquanto a Embasa detectou que ligações clandestinas chegam a representar um consumo mensal de 43 mil litros. Segundo ele, os vazamentos na rede e os famosos “gatos” em Salvador representam o consumo de uma cidade do porte de Feira de Santana
A Caritas, entidade que tem a meta de construir um milhão de cisternas no Nordeste, esteve representada na sessão pelo padre Francisco Almeida, que revelou preocupação com o esgotamento dos recursos hídricos. Para ele, o modelo desenvolvimentista é incompatível com o desenvolvimento sustentável. “Não sou contra a exploração econômica, mas tem que respeitar os limites da natureza”, definiu, criticando o uso excessivo de água pelo agronegócio e pelas empresas de mineração.
AMBIENTAL
O deputado Marcelino Galo, coordenador da Frente Parlamentar Ambientalista, disse que a frente foi criada para o enfrentamento político porque “a questão ambiental é essencialmente política. Vamos discutir crise hídrica, crise política, crise econômica, enfim crise civilizatória”, sintetizou. Para o parlamentar, o Brasil é um “fazendão exportador de recursos naturais, incluindo água”. Para ele, é fundamental que haja uma mobilização da sociedade para enfrentar um modelo econômico concentrador e destruidor dos recursos naturais, com utilização exacerbada de agrotóxico. Galo apresentou projeto que, entre outras medidas, propõe a proibição da pulverização aérea.
A questão ambiental foi enfatizada também pela promotor Cristina Seixas, coordenadora do Centro de Apoio do Meio Ambiente. A promotora explicou que existem situações muito claras para o Ministério Público do ponto de vista do acesso à água. Para ela, o princípio é que se tenha a consciência da finitude do recurso hídrico e poder garantir que todos os usos efetivamente se concretizem e aprimorar técnicas de reuso da água. “Crise hídrica me parece que é falta de gestão ou má gestão”, considerou, afirmando que “precisamos garantir a democratização do uso da água.
Fonte ASCOM Fátima Nunes e Serviço de Comunicação Social da Assembleia Legislativa da Bahia.