O deputado Alex da Piatã (PMDB) classificou como produtivo o encontro da manhã desta segunda-feira (06) com o Arcebispo de Salvador e Primaz do Brasil, Dom Murilo Krieger. O peemedebista e o religioso, juntos ao vereador Joceval Rodrigues (PPS), o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Marcelo Nilo (PDT), o presidente da Câmara de Salvador, Paulo Câmara (PSDB) e o bispo auxiliar, Dom Gilson Andrade, tiveram uma pauta extensa no café da manhã na residência oficial da Arquidiocese. O ponto principal do encontro foi tratar sobre a “ideologia de gênero”, tópico que está em debate em todo o Brasil por conta das tramitações dos planos de Educação nos estados e municípios.
Alex, que é católico e um dos representantes da Igreja na Assembleia Legislativa, se posicionou contra a questão da “ideologia de gênero”. “Não podemos acabar com a definição de homem e mulher, nós não somos seres indefinidos. Isso está longe de ser uma prática discriminatória, muito pelo contrário, achamos que o combate à intolerância é importante, mas não podemos, com isso, descaracterizar a constituição sagrada da família”, afirmou o parlamentar estadual.
“Não podemos nem discriminar, nem banalizar. Muitos homossexuais já se manifestaram sobre o assunto e são contra essa proposta da ideologia de gênero. Firmamos o compromisso, com os presidentes das principais casas legislativas do estado, de acompanharmos com um olhar minucioso os planos locais de Educação”, completou.
De acordo com Dom Murilo, família e escola devem ser aliadas na formação das crianças e os pais devem estar cada vez mais envolvidos nesse processo. “Esse encontro foi muito positivo, porque a gente vê que há uma convergência de preocupações. Todos nós queremos uma educação de qualidade, preocupados que estamos com a formação das novas gerações. A gente percebe tantos problemas hoje no Brasil e vai olhar a base e constata que há um problema de carência, de falta. Então, nós queremos que a educação na Bahia seja cada vez melhor, que as crianças sejam formadas também a partir de valores como a família, a fraternidade e a justiça”, afirmou.
ENTENDA – De acordo com a proposta, a “Ideologia de Gênero” afirma que ninguém nasce homem ou mulher, mas deve construir sua própria identidade, isto é, o seu gênero, ao longo da vida. Caso a proposta seja inserida nos planos, as crianças deverão aprender que não são meninos ou meninas, e que precisam inventar um gênero para si. Para isso, receberão materiais didáticos destinados a deformarem sua identidade. E isso seria obrigatório, por lei.
Fonte: Bahia Comunicação e Assessoria.