O principal assunto veiculado na mídia baiana nesta segunda-feira, 13, foi a Operação Águia de Haia da Polícia Federal que visa desarticular uma organização criminosa que forjava licitações, em conluio com agentes públicos e mediante o pagamento de propina, desviava recursos federais do Fundeb (verbas para educação) nos estados da Bahia, Minas Gerais, São Paulo e Distrito Federal.
A ação de combate ao crime contra a verba pública aconteceu de forma simultânea e contou com a participação 450 policiais federais, e foram expedidos 96 mandados de busca e apreensão e quatro mandados de prisão preventiva, em 30 municípios, 25 na Bahia: Salvador, Camaçari, São Domingos, Ruy Barbosa, Água Fria, Capela do Alto Alegre, Mairi, Feira de Santana, Buerarema, lhéus, Itabuna, Camamu, Una, Ibirapitanga, Camacan, Mirangaba, Uauá, Teixeira de Freitas,Paramirim, Livramento, Cotegipe, Nova Soure, Itapicuru, Cipó e Ribeira do Pombal. As prisões ocorreram em Salvador e Guarajuba, localidade do município de Camaçari, na região metropolitana da capital baiana. Um dos mandados de busca e apreensão foi cumprido na Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), em Salvador. As informações foram divulgadas na manhã desta segunda-feira (13), durante coletiva na sede da Polícia Federal.
De acordo com a PF os criminosos vêm atuando desde, pelo menos, 2009, tendo iniciado suas atividades no Estado de São Paulo, migrado para Minas Gerais e, em 2010, estabelecido sua base principal de atuação na Bahia. A investigação já verificou a atuação da Organização Criminosa, entre os anos de 2010 a 2014, em dezoito municípios do Estado da Bahia, um em Minas Gerais e um em São Paulo. Considerando apenas os dezoito municípios baianos, em que já existe prova da atuação da Organização Criminosa, o montante de verbas públicas desviado já atinge a quantia de R$ 57.173.900,00 (cinquenta e sete milhões, cento e setenta e três mil e novecentos reais). Os responsáveis pelas fraudes serão indiciados por crimes licitatórios, corrupção ativa e passiva e formação de quadrilha, entre outros delitos.
No território do Sisal a Policia Federal chegou cedo, por volta das 06h esteve na residência do ex-prefeito Izaque Junior de posse do mandado de busca e apreensão de documentos. Realizando um trabalho sigiloso os agentes não informava nada e após averiguar toda casa, segundo uma pessoa ligada ao ex-prefeito que pediu para não se identificar, nada foi encontrado que provasse o envolvimento de Izaque Junior com a empresa KELLS BELARMINO MENDES (KBM) acusada de prestar serviço no setor de educação em parceria com o município sem a realização de licitação conforme determina a lei. Ainda de acordo com a pessoa ligada ao ex-prefeito, no mesmo momento que a PF chegou a São Domingos, outros policiais chegaram a casa de Izaque em Salvador onde estava e também não encontraram nada que indicasse a participação do ex-prefeito no esquema fraudulento,
Em Mairi e Capela do Alto Alegre ambos no Território da Bacia do Jacuípe, a Polícia Federal ocupou logo cedo as prefeituras e setores da educação em busca de documentos que comprovasse o envolvimento de funcionários com empresa KBM. No caso de Mairi viaturas foram estacionadas em frente a prefeitura e outras seguiram até um escola do Distrito de Angico.
De acordo com o Blog Agmar Rios, a empresa KELLS BELARMINO MENDES (KBM) – ME, CNPJ: 02.261.314/0001-73, do município de São Paulo – SP, foi contratada pela prefeitura de Mairi, com recurso do FUNDEB, no valor global de R$ 2.200.000,00 (dois milhões e duzentos mil reais), tendo como objetivo serviços educacionais de tecnologias da informação técnico – administrativa e pedagógica com capacitação presencial continuada de professores, aquisição e atualização de licenças de direito de uso de sistemas integrados de gestão acadêmica, portal, sofyware de autoria, treinamento e suporte técnico in loco para a Secretaria Municipal de Educação e Unidades
Escolares do município.
O Calila Noticias entrou em contato com o prefeito de Capela do Alto Alegre Joseney da Silva Santos (PTB) justificou que a presença da PF na Prefeitura, atendeu ao mandado de busca e apreensão a documentos relativos a gestão anterior, ou seja no período entre 2009 a 2012. A Posse de Nei do Banco como é conhecido ocorreu em janeiro de 2013.
” Em sendo assim, a gestão Cidade da Gente contribuiu e atendeu prontamente tudo que estava ao seu alcance e aguarda que os fatos sejam devidamente apurados e os envolvidos sejam punidos com os rigores da lei”. Finaliza nota passada a imprensa.
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