Os professores e estudantes das universidades estaduais da Bahia, em greve há 58 dias, fecham as rodovias BR-101, BR-119, BR-116 Norte e a BR-415 durante um protesto na manhã desta quinta-feira (9). O grupo, que reúne docentes e alunos das Uneb, Uefs, Uesb e Uesc, reivindica um aumento do orçamento voltado para a educação pública superior no Estado da Bahia.
O ato foi unificado pelos Comandos de Greve e Mobilização estudantil e dos professores. Os protestos, que começaram por volta das 7h, acontecem na BR-101, em frente à Uneb de Eunápolis); na BR-119, em Vitória da Conquista; na BR-116 Norte, em frente à Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs); e na BR-415, nas proximidades da Universidade Estadual de Santa Cruz, em Ilhéus.
De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), os protestos na BR-116 Norte e na BR-119 foram encerrados por volta das 10h de hoje. As outras duas manifestações, nas BR-101 e BR-415 foram até às 11h desta quinta-feira (9).
A greve dos professores das universidades estaduais se estende há quase dois meses. Mais de 60 mil estudantes estão sendo afetados com a paralisação, informou o grupo representante do movimento das Universidades Estaduais da Bahia (Ueba).
A categoria cobra a ampliação do número de professores e investimento de 7% da receita líquida de impostos (RLI) para o orçamento das Instituições. Em nota, a Associação dos Docentes da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (ADUSB) afirma que as universidades estaduais passam por uma grave crise orçamentária.
“Faltam professores, salas de aula, materiais para laboratórios, combustível e recursos para o pagamento de água, luz e telefone, por exemplo. Mesmo com o crescimento total do orçamento, as verbas para manutenção, investimento e custeio foram reduzidas em R$ 19 milhões nos últimos dois anos”, informa a nota da ADUSB.
O movimento docente apresentou uma proposta de negociação na última segunda-feira (6). Uma nova rodada de negociações está marcada para acontecer ainda nesta quinta-feira (9), às 16h, na Fundação Luís Eduardo Magalhães (Flem), no Centro Administrativo da Bahia.
Correio24H