A população do Distrito de Barreiros, distante 42 km da sede Riachão do Jacuípe, onde está concentrada a maior quantidade de cerâmica da região Nordeste do Estado da Bahia, cobra das autoridades explicações do motivo da paralisação da obra do Pólo Ceramista.
De acordo com o internauta Kaique Araújo a população vem sofrendo constantemente com a forte poluição do ar, gerando inúmeros problemas respiratórios, além da grande quantidade de cinza de carvão que cai sobre as residências. Segundo Kaique, são 21 cerâmicas de bloco, concentradas no centro urbano de Barreiros.
Em 03 de Julho de 2014, a prefeitura Municipal de Riachão do Jacuípe assinou um convênio com a SUDIC (Superintendência de Desenvolvimento Industrial e Comercial) para a implantação do Pólo Ceramista de Barreiros, com o objetivo de relocar 16 cerâmicas. A SUDIC liberou R$ 2,8 milhões, para a terraplenagem, pavimentação e drenagem. As obras foram iniciadas em outubro do mesmo ano, e tinha o prazo para a conclusão em julho deste ano, porém, isso não ocorreu e ainda está em estágio de início, pois foi paralisada um mês depois de ter começado.
A paralisação se deu, devido à não liberação da segunda parcela da verba e, logo em seguida, o Governo do Estado suspendeu todas as obras na Bahia, devido à transição de governo.
“Ninguém aguenta mais essa fumaça invadindo nossas casas, a cada dia piora, as obras têm que continuar, com sua construção as coisas irão melhorar, nós iremos adoecer com menor frequência, sem contar na qualidade de vida” relatou um morador.
Kaique Araújo afirmou ainda que há alguns meses, para que a obra tivesse seguimento, o Governo determinou que o terreno do pólo, fosse doado ao Estado. Assim foi feito, mas recentemente exigiu que fosse doado à SUDIC, e o decreto de doação já foi assinado pela prefeita do Município, porém o judiciário está em greve, o que dificulta o envio do documento.
O vereador Adonias Alves (PSD) informou que teria alertado a prefeita durante uma sessão na Câmara, de que isso aconteceria, mas, achando que seria crítica da oposição, não lhe teria dado crédito. O edil informou ainda que a questão da concessão lhe preocupa e não orienta nenhum empresário fazer altíssimos investimentos em uma concessão pública, pois, caso tenha embargos judiciais ele poderá perder o dinheiro que aplicou.
“Procuramos a assessoria da deputada Estadual Neusa Cadore (PT), e em resposta diz que após a primeira etapa da obra foi constatado erros na doação do terreno e foi necessário o ajuste. E, para o seu retorno, aguarda o cartório liberar o documento”, afirmou Araújo.
“Vai ter que voltar praticamente tudo novamente, as chuvas estragaram muita coisa, abriu crateras, vai ter um reaproveitamento muito pequeno, foi danificada muita coisa, mas é um prejuízo da construtora e ela já admitiu que vai ter que refazer muita coisa e vai arcar pelo atraso e garante ter pressa em concluir” disse o vereador José Silvestre (PDT) conhecido por Zil do Barreiros.
No próximo dia 28, haverá uma audiência pública no distrito, com a presença de várias autoridades locais e estaduais, para a sociedade fazer reivindicações, a demanda principal é o pólo ceramista.
Redação CN * informações Kaique Araújo