O desembargador Emílio Salomão Resedá foi eleito na sessão plenária do Tribunal de Justiça, na manhã desta sexta-feira (21) corregedor das Comarcas do Interior do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA). A vaga da Corregedoria foi aberta com a aposentadoria da desembargadora Vilma Costa Veiga e com a desistência do desembargador Roberto Frank, que também pretendia disputar, Emílio Salomão foi candidato único.
Salomão Resedá foi juiz da Infância e Juventude até 2011, quando foi promovido a desembargador e no ato da posse abriu mão da gratificação pelo exercício do cargo para doar para instituições que acolhem crianças e adolescentes em Salvador e no interior. Em seu discurso, logo após a votação, Salomão afirmou que vai encarar a nova função com a “filosofia ou ensinamento do sentimento do amor que nos deixou Jesus Cristo, no sentido de que, para o bem do próximo, anulemo-nos, e assim o farei, procurando anular-me, para fazer o bem ao próximo, especialmente à criança e ao adolescente deste estado”. O novo corregedor ainda afirmou que sua ação será voltada para “aquelas comarcas onde ainda se encontrem nos abrigos e orfanatos da vida as grandes vitimas das vicissitudes humanas”.
A gratificação pelo exercício do cargo será destinada para o Lar Vida, que acolhe crianças com deficiência, localizadas próximo ao Barradão, em Salvador, e ao abrigo Luz do Amanhã, localizado na Cidade da Luz. O desembargador afirmou que a doação não passará pelo Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA). “Se eu proceder dessa forma, doando ao CMDCA, no final do ano, abateria no Imposto de Renda, e nem isso eu quero”, disse Salomão, complementando que não quer ser beneficiado com a dedução do imposto.