O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB), foi citado novamente em uma delação no âmbito da Operação Lava Jato, da Polícia Federal. Desta vez, foi o ex-gerente da Área Internacional da Petrobras, Eduardo Vaz da Costa Musa, que apontou uma suposta ligação de Cunha com o esquema de desvios na estatal. “João Augusto Henriques disse ao declarante que conseguiu emplacar Jorge Luiz Zelada para diretor internacional da Petrobras com o apoio do PMDB de Minas Gerais, mas quem dava palavra final era o deputado Eduardo Cunha do PMDB/RJ”, diz trecho da delação de Musa.
O delator contou ainda que desde que “entrou na Petrobras, se ouvia falar no esquema de vantagens indevidas nas mais diversas áreas, mas somente em 2006 o declarante passou a tomar conhecimento de forma direta”. A assessoria de imprensa do parlamentar afirmou que o peemedebista não conhece o delator. O advogado de defesa Antônio Fernando de Souza disse que só irá se manifestar após conhecer o teor da delação. Cunha foi citado pela primeira vez pelo o ex-consultor da Toyo Setal Júlio Camargo, em depoimento dado à Justiça Federal. Segundo Camargo, ele foi pressionado pelo presidente da Câmara a pagar US$ 10 milhões em propinas para viabilizar um contrato de navios-sonda.
Bahia Notícias