Os bancários vão analisar, em assembleia realizada às 18h30 desta segunda-feira (26), a nova proposta de reajuste feita pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). Apesar de o Comando Nacional ter sugerido a aprovação do aumento de 10% nos salários, o presidente do Sindicato dos Bancários da Bahia, Augusto Vasconcelos, afirmou que a decisão será tomada coletivamente e encaminhada de maneira unificada. “O Comando Nacional recomenda, mas cada estado tem autonomia para decidir, em assembleia, se aceita o valor ou não”, explicou ao Bahia Notícias. Além dos reajustes de 10% para os salários, os bancos oferecem PLR (Participação nos Lucros e Resultados), índice de 14% para os vales refeição e alimentação, e o abono de 72% para quem trabalha 8 horas, de um total de 112 horas. Com o acordo, os bancários compensariam, no máximo, uma hora por dia útil, até o dia 15 de dezembro. Ainda assim, Vasconcelos acredita que é possível alcançar uma proposta melhor. “A inflação que conta é de setembro de 2014 a agosto de 2015, que fechou em 9,88%.
O ganho real é de 0,12%, o que na nossa opinião é bastante pequeno. Achamos que é possível aumentar mais. Inicialmente, os bancos ofereceram 5,5%, bem abaixo da inflação. Sem dúvida, a greve foi fundamental”, defendeu. Questionado sobre a decisão da Justiça de proibir a cobrança de juros e multas durante a paralisação, o presidente do sindicato alertou que nem todos serão beneficiados. “Foi iniciativa do sindicato. Procuramos o Procon, que obteve a liminar. Mas seus efeitos só valem para as dívidas que só poderiam ser pagas nas agências. Se fossem passíveis de se pagar por meio eletrônico, continua a cobrar os juros. Nós pedimos isenção de todos, mas a Justiça só concedeu parcialmente”, defendeu.