A Constipação Intestinal é uma doença crônica que necessita de uma adequada investigação médica para estabelecimento do diagnóstico, pois favorece a uma exposição prolongada das fezes no intestino, possibilitando que toxinas, compostos químicos e bactérias ruins entrem em contato direto com as células intestinais por um período muito longo, contribuindo que o corpo absorva essas toxinas gerando uma série de malefícios ao nosso corpo como fezes com mau cheiro (desequilíbrio bacteriano), coceira intensa na pele, espinhas, doenças intestinais inflamatórias, sensação de empachamento e má absorção dos nutrientes vindos da alimentação, entre outras. Já a “Prisão de ventre” muito conhecida pela população é um dos sintomas da constipação intestinal crônica.
Para definir se uma pessoa sofre de Constipação Intestinal é aplicado um protocolo elaborado com a finalidade de definir a constipação funcional crônica, que é o Critério de Roma II. Algumas definições foram estabelecidas por esse protocolo como menos que três evacuações por semana; esforço ao defecar; sensação de evacuação incompleta; fezes endurecidas ou fragmentadas; sensação de obstrução à evacuação; manobras manuais para facilitar as evacuações. São considerados constipados aqueles que apresentem ao menos dois desses critérios.
As principais queixas clínicas das pessoas que sofrem desta doença são dificuldade em evacuar, sensação de evacuação incompleta, distensão abdominal (gases), desconforto abdominal, cólica intestinal, mal-estar geral, dor ao defecar e às vezes sangramento ao evacuar.
Esta doença é mais prevalente entre mulheres, idosos e crianças. Nas mulheres, algumas das hipóteses são danos causados aos músculos pélvicos e suas inervações, decorrentes de partos e cirurgias ginecológicas e aos prolapsos genitais, mais frequentes após a menopausa. Para os idosos, a constipação intestinal pode ser devida a menor ingestão alimentar, perda da motilidade intestinal, fraqueza da musculatura abdominal e pélvica, uso excessivo de medicações, pouco consumo de água e alimentos ricos em fibras. Já as crianças podem sofrer de constipação intestinal por reterem a evacuação, por susceptibilidade genética para desenvolver problemas gastrointestinais, por fatores ambientais, como estresse, dentre outros.
As possíveis causas para o desenvolvimento desta doença crônica são fatores como baixa quantidade de fibras na dieta, consumo insuficiente de líquidos diários, alteração dos hábitos alimentares, uso excessivo de laxantes, sedentarismo, fatores ambientais (falta de privacidade, incapacidade de utilizar sanitários em ambiente desconhecido), uso crônico de medicamentos (analgésicos, quimioterápicos, suplementos vitamínicos, antiácidos, antidepressivos, anestésicos e outros), algumas doenças intestinais, algumas doenças endócrinos e metabólicos (hipotireoidismo, diabetes melitus, desidratação, desnutrição, entre outras).
Essa doença quando crônica pode trazer algum malefício a saúde como processo inflamatório que implicará em todo corpo, favorecendo o surgimento de outros sintomas como insônia, irritabilidade, ansiedade, depressão, má digestão, má absorção dos nutrientes gerando algumas deficiências nutricionais, entre outros.
O tratamento nutricional para melhora do quadro de constipação intestinal é aumentar o consumo diário de frutas em gerais com bagaço, principalmente aquelas com poder laxante como ameixa, mamão, laranja, abacaxi, manga; legumes, hortaliças, cereais integrais como arroz integral, milho, aveia, além de garantir uma ingestão adequada de água e líquidos (sucos e chás), atividade física regular e fracionamento correto das refeições que devem ser de 5 a 6 refeições por dia.
Procure um profissional de saúde para melhor orientá-lo e tratá-lo.
Vanessa Gleizer
Nutricionista. Graduada pela UNEB. Pós-graduada em Nutrição Clínica Funcional. Realiza atendimento nutricional na Clínica Fisiolife, na cidade de Riachão do Jacuípe – 75 3264-3220. Siga no Instagram: @vanessagleizer
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