Será votado na próxima segunda-feira (19), pela Câmara de Vereadores de Euclides da Cunha, o projeto de lei de autoria do poder executivo que permitirá a concessão para Hospital Municipal Antônio Carlos Magalhães (HMACM) seja administrado por um hospital de grande porte, a exemplo do Santa Isabel, Português e São Rafael. No final da tarde de quinta-feira (15), convocada pela Igreja Católica, aconteceu no auditório do Educandário Oliveira Brito uma assembleia popular para discutir o assunto.
Um bom público marcou presença no debate que teve duração de aproximadamente 3 horas, e foi aberto para as pessoas questionarem vantagens e desvantagens da concessão. O ato coordenado pelo padre Oldack Filho contou com a presença do deputado estadual Alex da Piatã (PMDB), a secretária de Saúde de Euclides da Cunha, Luciana de Lima França e a prefeita Fátima Nunes (PSD) também fizeram parte da mesa.
Atendendo ao convite do padre, pela segunda vez, o deputado Alex da Piatã (PMDB), apresentou a experiência da chegada do Hospital Português em Conceição do Coité, cidade a qual foi vice-prefeito e secretário de Saúde por dois anos. “Sabendo da experiência de Alex em Coité, ele que fez parte do processo de transmissão para o Hospital Regional e o Municipal coiteense, resolvi chamá-lo para elucidar as dúvidas que pairavam na população e, principalmente, na Câmara de Vereadores”, informou o religioso.
Alex da Piatã achou louvável a iniciativa da Igreja Católica de promover o encontro. “O pároco tem si preocupado com a questão política, social e econômica e que tem tudo a ver com a evangelização. Viemos aqui esclarecer, mostrar nosso contato com o HP em Coité e, com certeza, melhorou muito a saúde hospitalar em nosso município e aqui não vai ser diferente”, afirmou.
A secretária de Saúde falou que este é o projeto da administração municipal de Euclides da Cunha que vem sendo desenvolvido pela Secretaria Municipal de Saúde, com o objetivo de adequar a estrutura do Hospital Municipal para que muito em breve, a sua gestão plena possa ser assumida por uma grande rede hospitalar de referência estadual, em uma parceria Pública – Privada, ou seja, a prefeitura deixará de administrar o HMACM, mais não perderá o seu controle, passando o comando para um hospital de grande porte, como por exemplo, os hospitais Santa Isabel, Português, São Rafael, dentre outros que queiram participar da licitação. “Para execução deste projeto, o governo municipal depende da sensibilidade aprovação de pelo menos dois terços dos vereadores e eu gostaria muito que fosse aprovado”, falou a titular da pasta da saúde municipal.
A prefeita Fátima Nunes disse ao CN que a motivação maior para passar a direção do HMACM para um hospital de excelência é melhorar a vida do povo, a exemplo do que vem acontecendo nos municípios de Conceição do Coité e Miguel Calmon, cujos hospitais são administrados pelo Hospital Português. A prefeita lembrou que há muito tempo estava sendo planejada uma reforma no hospital e só agora foi possível. A ampliação da unidade foi entregue a população na sexta-feira,16.
A unidade hospitalar passou por uma reforma em toda sua estrutura e foram investidos com recursos próprio R$ 700 mil, proporcionando conforto e modernidade para profissionais e pacientes, com a aquisição de equipamentos modernos e ampliação na oferta de especialidade e ao mesmo tempo, segundo a prefeita, o projeto foi desenvolvido com o objetivo de adequar a estrutura do Hospital Municipal para as normas administrativas de uma grande rede hospitalar de referência estadual.
A prefeita está confiante que o projeto será aprovado e com isso promover um avanço grande na qualidade dos serviços de saúde oferecido em Euclides da Cunha. “O nosso Hospital Municipal se consolidará como uma grande referência para toda região e faço um apelo a todos os vereadores que votem pela aprovação deste projeto e além de promover avanços significativos na qualidade do atendimento, esta iniciativa irá beneficiar muita gente com a geração de emprego e renda, exatamente como vem acontecendo nos municípios que adotam este modelo de gestão”, conclui.
A social democrata garantiu que o HMACM continuará atendendo pelo Sistema Único de Saúde (SUS), porém com uma estrutura mais avançada, equipamentos de última geração e ampliação na oferta de serviços e especialidades, tornando-se assim um dos hospitais mais modernos e mais bem equipados de todo o estado.
O presidente da Câmara, vereador Ireno Barreto Miranda (PROS), falou ao CN que esse projeto já está em tramitação há algumas semanas, tendo inclusive passado pelas comissões e deveria ser colocado em votação no plenário na última sessão, mas, segundo ele, os ânimos estavam acirrados e decidiu suspender, porém garantiu que colocará em votação na segunda-feira,19, cuja sessão acontecerá ás 20h e tendo os dez votos necessários, ou seja, 2/3 (dois terços) será aprovado e encaminhado para ser sancionada pela prefeita Fátima Nunes (PSD). ”Acredito que esse projeto seja aprovado, pois 100% dos enviados a câmara pela executivo e compreendidos como ao bem do povo, foram aprovados”, concluiu Ireno.
O vereador Luiz Péricles Rodrigues de Abreu (PT), conhecido por Pequinho Abreu, lembrou que esse projeto foi aprovado em 2014, no mesmo período que se instalou o Hospital Português em Conceição do Coité, mas uma diferença, por se tratar da modalidade de habilitação de municípios a Gestão Plena de Sistema, foi necessário refazer o projeto. Luiz Pericles foi eleito pela oposição, mas aderiu à base de sustentação da prefeita Fátima Nunes e garante que já tem nove votos favoráveis, faltando uma. “Mesmo quando estava na oposição lutei para ser aprovado e o mesmo estou fazendo agora na situação”, falou o petista.
Ex-vereador e pré-candidato a prefeito pela oposição Luciano Pinheiro se manteve no auditório do inicio a fim, na condição de filho de médico a mais de 35 anos em Euclides da Cunha, avaliou o encontro com base no que foi discutido pelos representantes de entidades da sociedade civil do município, o que foi exposto pelos vereadores de oposição e situação. Segundo ele o projeto precisa ser melhorado, para ser aprovado e levar benefícios a população.” O que falta agora é uma questão de ajustes, dos vereadores tanto da situação quanto da oposição para chegar ao denominador comum, que é o bem público, a saúde do nosso povo, que deve estar acima de tudo em primeiro lugar,” Afirmou.
Ele fez questão de comentar o papel da secretária de Saúde Luciana que ao lado da prefeita recebeu muitas criticas das pessoas que usaram o microfone, e que ela teve que cumprir a missão que lhe é atribuída ao sair na defesa do Governo Municipal, mas os anseios dos funcionários como foi dito por Joélcio que já viu o hospital municipal funcionar com cirurgias, atualmente o médico mau atende o paciente pede logo a transferência, isso vem gerando uma despesa muito grande para o município, demanda de tempo, demanda de funcionário, gasto de manutenção com veículos, combustíveis, e Joélcio que é funcionário falou o que sente na pela o dia a dia do hospital”, concluiu Dr Luciano como é conhecido.
O líder politico disse que os vereadores devem ficar atentos a licitação, pois irá precisar abrir um processo licitatório para que isto aconteça. Ele disse que não é contra a concessão, mas precisa ser feito na pura transparecia e certeza que vai ser para melhorar a saúde do povo
O padre Oldack Filho saiu satisfeito da segunda assembleia popular que discutiu o assunto, principalmente pela quantidade de pessoas e de forma organizada, a exemplo dos vereadores, quase que a maioria, presidentes de associações e sindicatos. Sobre a convocação da igreja para realização desta segunda assembleia, o padre disse que é o papel da igreja ir onde a vida está ameaçada e vamos corrigir essa ameaça e “a igreja tem que continuar a missão de Jesus, ou seja, vida em abundância nesta Jerusalém terrestre”, falou o sacerdote.
.Redação CN * Fotos: Raimundo Mascarenhas