O presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha, do PMDB do Rio de Janeiro, deve entregar sua defesa ao Conselho de Ética até a segunda-feira (16). Nesta quarta-feira (11), o PSDB pediu oficialmente o afastamento de Cunha.
Os líderes do PSDB, Democratas, PPS e Solidariedade se reuniram para avaliar se ficam unidos em relação ao processo de cassação de Cunha e ao pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff.
A oposição esperava para quinta-feira (12) uma resposta de Eduardo Cunha sobre a data em que ele vai decidir o que fazer em relação ao pedido de impeachment de Dilma. Diante da incerteza, o PSDB decidiu subir o tom e reforçou o pedido de afastamento do presidente da Câmara.
O movimento gerou mal-estar nos demais partidos de oposição que tendem, a partir de agora, seguir cada um sua orientação sobre o processo que envolve Eduardo Cunha.
O líder do PSDB, Carlos Sampaio, que já defendeu Cunha publicamente, explicou porque mudou de opinião: “Temos outro fato novo. Ele apresentou sua defesa verbal, ou seja, apresentou pessoalmente sua defesa e essa defesa, de forma bastante objetiva, acabou se tornando um desastre. Ele não se explicou, não convenceu nem a bancada do PSDB, nem o país”.
Eduardo Cunha deve entregar sua defesa ao Conselho de Ética até segunda-feira. O relator, Fausto Pinato, do PRB de São Paulo, disse que não vai aceitar pressão, se houver: “A partir do momento que eu tiver qualquer tipo de pressão, eu vou procurar os meios cabíveis para minha proteção”.
Na última terça-feira (10), a versão de Eduardo Cunha sobre mais de um milhão de francos suíços depositados no exterior foi contestada. Em depoimento à Procuradoria-Geral da República, o filho do ex-deputado Fernado Diniz, Felipe Diniz, disse que nunca indicou para o lobista João Henriques qualquer conta de Cunha para que o lobista fizesse o depósito, um pagamento de um empréstimo que Cunha teria feito a Fernando Diniz. A versão do empréstimo foi contada por Cunha a aliados próximos e em entrevista à TV Globo.
G1.com