O Ministério da Saúde decidiu adotar medidas de segurança para reforçar a triagem de novos doadores de sangue, após suspeita de transmissão do zika vírus por meio de uma transfusão em Campinas (SP). Na última terça-feira (15), o Hemocentro da Unicamp informou que um paciente foi infectado pelo vírus após receber sangue de doador com a doença. De acordo com a Folha de S. Paulo, o Instituto Adolfo Lutz confirmou o contágio, ocorrido em março deste ano. O paciente que adquiriu o zika, no entanto, não apresentou sintomas da doença. “Muito provavelmente isso tenha ocorrido, mas ainda é um caso a confirmar”, disse o secretário de Atenção à Saúde, Alberto Beltrame.
Até então, a transmissão do vírus era atrelada apenas à picada pelo mosquito vetor, o Aedes aegypti. Diante disso, a pasta tem orientado os hemocentros a reforçarem no questionário clínico aplicado a potenciais doadores se houve ocorrência de sintomas do zika vírus nos últimos 30 dias. Entre os sintomas estão febre, dores articulares e musculares, manchas no corpo, diarreia e vômito. Candidatos que tiverem o diagnóstico clínico para zika serão considerados inaptos a doar sangue por até 30 dias após a recuperação completa. Medidas de monitoramente também serão reforçadas. Doadores que apresentarem sintomas de zika em até sete dias após a doação de sangue devem comunicar ao hemocentro para que seja feita busca ativa dos receptores e testes laboratoriais para verificar uma possível infecção pelo vírus. Se o paciente que recebeu a doação apresentar os sintomas do vírus, o caso deve ser comunicado ao hemocentro e à Anvisa.
Bahia Notícias