Médicos reguladores da Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab) entram em greve por tempo indeterminado a partir desta quinta-feira (14). A categoria médica pede melhoria nas condições de trabalho e retorno do pagamento do adicional de insalubridade. A Sesab informou que abriu negociação com os profissionais.
Segundo informações do presidente do Sindicato dos Médicos do Estado da Bahia (Sindmed), Francisco Magalhães, 30% do efetivo está em atendimento para atender só casos de urgência, como autorização para UTIs ou exames emergenciais.
“A regulação é o coração do sistema de saúde. Já tivemos uma reunião com o superintendente de regulação, que se mostrou interessado em negociar. Ele ficou de apresentar uma proposta para a gente chamar assembleia e ver se tem uma decisão”, disse.
De acordo com o sindicalista, um dos pontos mais relevantes para a categoria é a implantação da “autoridade sanitária”. “Quando o coração não tem na ponta como oxigenar, fica difícil. Se tem na tela 200 pessoas precisando de UTI e uma vaga, se faz a escolha de sofia e alguém morre. Você não é Deus para dizer quem é que vai e quem que não vai. É o conflito natural da atividade. Mas os médicos não tem autoridade sanitária que eles precisam. Às vezes temos uma vaga reservada, mas um outro paciente precisa do leito com urgência”, explicou. Além disso, segundo o sindicato, o sistema tem hoje 70 médicos, sendo que precisaria do triplo.
A Sesab informou que a retirada da insalubridade foi uma ação de correção da Secretaria de Administração (Seab), respaldada por orientação da Procuradoria Geral do Estado (PGE) e da Auditoria Geral do Estado (AGE). Além disso, a Sesab apontou que os servidores que avaliam trabalhar em condições de insalubridade devem se dirigir aos Recursos Humanos da unidade para que o processo seja reavaliado.
G1/BA