Morreu na manhã de segunda-feira, 11, no Estado de New Jersey (Nova Jersey) Estados Unidos o padre Egionor de Oliveira Cunha, 53 anos, de morte natural, mas a família que só tomou conhecimento por volta das 14h30 não sabe ainda oficialmente a causa da morte, entretanto acredita que pode ser por complicações do diabetes, já que nos últimos três meses estava afastado das atividades pastorais para se tratar.
A família do religioso é natural do Povoado de Valilândia no Município de Valente, mas a cerca de 18 anos, os pais, João Lopes Cunha e Júlia de Oliveira Cunha residem em um sitio às margens da BA 409 próximo a cidade de Serrinha. Tão logo chegou a noticia a filha Jucineide de Oliveira Cunha, que reside em Conceição do Coité, ela que trabalha no Centro Cultural, e seus irmãos Hércules e Jucicleide residentes em Valilândia foram para o sitio onde se reuniram durante a noite para esperar uma ligação de um padre brasileiro, informando como ocorreu a morte de Gil, como era tratado pela família.
Jucineide foi quem conversou por telefone com o padre, segundo ela, o vigário não detalhou muita coisa e disse que fará nova ligação para explicar tudo que aconteceu.” Ele só adiantou pra gente que ele estava em casa, passou mal, foi levado para o hospital onde veio a óbito, e que ele mesmo sabendo que tinha sérios problemas de saúde não seguia a dieta recomendada”. Disse Neide como é conhecida a irmã, moradora de Coité.
Ainda durante a ligação, a família foi informada que o corpo só deverá ser liberado daqui a 10 dias , e já se mobiliza e vai decidi o local de sepultamento se em Valilândia comunidade onde nasceu, ou Coité onde também tem ente queridos sepultados.
O pai do padre Agionor disse ao Calila que muitas vezes chamou a atenção dele quanto ao cuidado com alimentação, “mas ele não atendia”. Lamentou senhor Zito como é conhecido. ” Eu já presenciei um momento que ele passou mal. A gente foi pra Manaus e ele teve um crise e foi parar no pronto socorro, na ocasião ficou muito mal, mas se recuperou.” Lembrou o pai
A família disse que recebeu a visita de Agionor pela última vez a cerca de 3 anos, antes vinha com mais frequência, acreditam que pode ser justamente pelos problemas de saúde, ” Tanto que ele era Padre Capelão, ou seja, padre das forças armadas dos Estados Unidos, ele foi pra várias missões pelo mundo até pra guerra. Mas com o surgimento dos problemas de saúde ele foi afastando e ficou só na paróquia onde trabalhava, e depois teve a necessidade também de parar os trabalhos pastorais e vinha em tratamento”. Contou a irmã.
Padre Egionor foi ordenado padre em Nova Jersey a cerca de 27 anos, e a primeira missa celebrada por ele foi em Conceição do Coité, onde morou, estudou, trabalhou e participou das atividades religiosas até antes de viajar para Vitória da Conquista, Rio de Janeiro e Estados Unidos. Na ocasião também foi para o Estados Unidos estudar o coiteense Antônio Ferreira também ordenado padre.
Egionor também ganhou destaque como escritor e um dos seus livros ganhou repercussão e polêmica, a exemplo da diferença entre as bíblias católica e protestante. Nesse texto ele diz que a bíblia católica tem 73 livros que se divide em Antigo Testamento e Novo Testamento. São 46 livros no Antigo Testamento e 27 no Novo Testamento. Os 04 evangelhos, no Novo Testamento, tem Jesus Cristo como tema central e os livros que faltam na Bíblia dos protestantes são todos do Antigo Testamento, ou seja, Tobias, Judite, Sabedoria, 1º e 2º Macabeus, Baruc e Eclesiástico. Além destes livros os protestantes suprimiram partes do livro de Ester (capítulo 10, versículo 04 e capítulo 16 versículo 24) e do livro de Daniel extirparam os versículos de 24 a 90 do capítulo 3 e os capítulos 13 e 14 integralmente.