Mais de 200 mil militares (Marinha, Exército e Aeronáutica) irão às ruas neste sábado (13) para atuarem no combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, febre chikungunya e dengue. Eles entregarão panfletos e farão esclarecimento à população em 356 municípios do País.
De acordo com o ministro da Defesa, Aldo Rebelo, as ações têm o objetivo de mobilizar a população para os cuidados necessários para eliminação dos focos do mosquito, conforme disse na tarde desta quinta-feira (11).
— A nossa função é de mobilização e orientação. É convocar a população para mobilizar a pessoa. Nossa proposta é alcançar três milhões de residências e distribuir quatro milhões de folhetos. Vamos levar os folhetos, entregar nas casas, explicar as medidas e ações necessárias para combater o mosquito, e a importância da mobilização das famílias. Se não houver mobilização da população em remover permanentemente focos de criação do mosquito, não haverá resultado na campanha
Participarão das ações os 31 ministros e também a presidente Dilma Rousseff, que deve ir ao Rio de Janeiro e, possivelmente, visitará alguma residência, segundo disse Rebelo. Entre os ministros, Marcelo Castro (Saúde) vai a Salvador (BA) e Aldo Rebelo (Defesa), a Campinas. Jaques Wagner (Casa Civil) escolheu São Luís; Ricardo Berzoini (Secretaria de Governo), Manaus; Edinho da Silva (Secretaria de Comunicação), Maceió; José Eduardo Cardozo (Justiça), Fortaleza; e Aloizio Mercadante (Educação), Osasco.
— Estamos mobilizando ministros e os governadores para mostrarem a população os riscos que o mosquito traz para a população. A orientação é que cada Estado seja coberto por um ministro diferente durante ação do dia 13.
Neste sábado, porém, não haverá entrada nas residências ou colocação de remédios para larvas.
— Só haverá entrada nas residências, caso haja presença do agente municipal [isso dependenderá de cada Prefeitura].
Do dia 15 ao dia 19, outra operação será desencadeada com as Forças Armadas, aí sim para agir no combate ao mosquito.
Microcefalia e zika
O Brasil registrou 4.783 casos suspeitos de microcefalia associada ao vírus zika até o dia fim de janeiro, informou nesta quinta-feira (11) o ministro da Saúde, Manoel Castro. No último balanço, até 23 de janeiro, era, 4.180 casos suspeitos.
De acordo com a pasta, 404 casos já tiveram confirmação de microcefalia associada ao zika. Outros 709 casos notificados já foram descartados.
Nesta quinta-feira (11), o Ministério da Saúde confirmou a terceira morte provocada pelo zika em adultos no Brasil. A paciente, uma jovem de 20 anos do município de Serrinha, foi internada em 11 de abril no Hospital Giselda Trigueiro, em Natal, no Rio Grande do Norte, com queixas respiratórias. Morreu 12 dias depois.