“A Maternidade de Referência José Maria de Magalhães Netto é uma unidade que deve atender a partos de alto risco, de forma referenciada. Não procede a informação de que a Maternidade está atendendo com 50% da capacidade”, afirma a deputada estadual Fátima Nunes (PT), em resposta a insinuações do presidente do Democratas, Heraldo Rocha.
Segundo a parlamentar, a unidade teve a gestão revista no ano passado e passou a focar em sua atividade fim, que é o atendimento a partos de alto risco. “Foram reduzidos para um terço os partos de baixo risco, adequando-se assim o perfil da maternidade ao contrato. O hospital atende 70% das gestantes de alto risco e 30% de baixo risco. A unidade tem um total de 243 leitos. Já o Hospital João Batista Caribé desde o ano passado está sendo adequado para tornar-se o Hospital da Mulher e realiza uma média de 130 partos por mês, com estrutura de 54 leitos”.
Fátima Nunes informa que o Governo do Estado vem assumindo a assistência integral ao parto no município de Salvador, ainda que lhe caiba apenas os casos de alto risco. “A maioria dos municípios do interior, mesmo aqueles com menos de 20 mil habitantes possui alguma maternidade. Salvador ainda não possui uma única maternidade própria, o que tem sobrecarregado as maternidades estaduais, prioritariamente destinadas a casos de alto risco”.
A deputada ressalta ainda que “não fossem as maternidades públicas mantidas pelo Estado, a exemplo da Tsylla Balbino, Instituto de Perinatologia da Bahia (Iperba), Albert Sabin, José Maria de Magalhães, João Batista Caribé e Roberto Santos, os soteropolitanos que nascem todos os anos e precisam do Sistema Único de Saúde (SUS) viriam à luz em outros municípios”.
Segundo dados da Sesab, apenas em 2015, somente na rede própria do estado, mais de 40 leitos foram abertos em maternidades e nas próximas semanas serão inaugurados vinte novos leitos de UTI Neonatal no Hospital Geral Roberto Santos. Recentemente o HGRS ampliou o número de leitos da ala de Cuidados Intermediários Neonatais Convencionais (UCINCo) a partir de uma série de mudanças estruturais, a exemplo da renovação de alvenaria, piso e teto, além do mobiliário, permitindo a total readequação do espaço físico. Ainda que haja este esforço de ampliação da rede, a demanda supera a oferta de leitos. Estão previstos ainda R$ 20 milhões para duplicação da capacidade do João Batista Caribé e mais R$ 60 milhões na requalificação de 25 maternidades em todo o estado.
“O Governo do Estado realiza reuniões periódicas com o Cremeb, ABM e Sindimed. O governador Rui Costa está atento e há o consenso que os municípios da região metropolitana com destaque para a capital Salvador devem ampliar a sua capacidade de atendimento dos partos de risco habitual a fim de que as maternidades estaduais, referência nos casos de alto risco, sejam ocupadas por gestantes com este perfil”, informa Fátima Nunes.
Fonte: Assessoria Parlamentar