A presidente Dilma Rousseff participou na manhã desta sexta-feira, 18, de um concorrido ato de entrega de unidades habitacionais em Feira de Santana e simultaneamente na cidade de Itabuna (BA), Ananindeua (PA), Itapeva (SP), Teresina (PI) e Suzano (SP). Em Feira foram entregues 1.656 moradias do programa Minha Casa Minha Vida, e 4.028 nas demais cidades.
O ato que contou com a presença além da presidente, o chefe de Gabinete da Presidência Jaques Wagner, governador Rui Costa, prefeito de Feira de Santana José Ronaldo; deputado federal e líder do Governo na Câmara Afonso Florenci, deputados federais Fernando Torres e Daniel Almeida; deputados estaduais Zé Neto, Joseildo, Fátima Nunes e Neusa Cadore, foi acompanhado ao vivo através de telão pelas cidades que também estavam sendo entregues as chaves. O ministro das Cidades Gilberto Kassab por exemplo estava no Piauí.
A concentração em Feira de Santana aconteceu no Bairro Conceição II e apesar do clima de tensão que o Governo passa no momento, em meio a milhares de pessoas não houve nenhuma manifestação de protesto, pelo contrário a presidente Dilma recebeu muito apoio do público presente e mesmo assim, não deixou de externar sua insatisfação com os ‘grampos’ telefônicos da conversa dela com Lula na véspera da posse do ex-presidente na Chefia da Casa Civil.
Dilma Rousseff disse que há politização em ações de investigação no Brasil. “O meu governo garantiu a autonomia para a Polícia Federal investigar quem fosse necessário, o meu governo respeita o Ministério Público e respeita o Judiciário. Agora, nós consideramos uma volta atrás na roda da história a politização de qualquer um desses órgãos.Nada, nem ninguém, pode defender uma justiça ou uma polícia que seja a favor de alguém por critério político”, afirmou.
“Nos anos 20 do século passado como funcionava a polícia? A polícia prendia, não porque aquele ou aquela estavam cometendo um delito, mas prendia para seguir os interesses dos coronéis. Como funcionavam os juízes? Também prendia para satisfazer os interesses dos grandes proprietários das grandes fortunas deste país”, disse, ressaltando que um longo processo de desenvolvimento social e político foi preciso para mudar essa realidade.
O presidente do Brasil ou de qualquer país democrático do mundo tem o que se chama de garantias constitucionais, ele não pode ser grampeado a não ser com autorização expressa da Suprema Corte do país. […] Eu não sou passível de grampo a não ser que o Supremo Tribunal Federal autorize.Todas as providências cabíveis nesse caso [os grampos] serão tomadas”, afirmou Dilma.
Por fim, falou da nomeação de Lula para Casa Civil. Dilma disse que a ida do ex-presidente Lula para o cargo de ministro da Casa Civil vai “ajudar” o governo a manter os programas sociais, como o Minha Casa, Minha Vida, e a combater a inflação. “Nós estamos aqui lutando contra esse povo do contra, esse povo do ‘quanto pior, melhor’. Por isso, eu chamei um grande amigo meu e de vocês para me ajudar, eu chamei o presidente Lula. Mas tem muita gente que não quer ver ele trabalhando para ajudar o povo brasileiro, para ajudar o governo para voltarmos a crescer e criar emprego”, finalizou.
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O governador Rui Costa em seu discurso antes de entrar no foco principal que era a inauguração das casas, fez duras criticas a parte da mídia e o judiciário pela divulgação e investigação que mais parece perseguição ao governo petista. Aproveitou para parabenizar ao Jornal a Folha de São Paulo que não sua edição desta sexta-feira, trouxe em Editoriais que o protagonismo é perigoso, afirmando que “em meio a crise, a Justiça deve dar o exemplo, mas o juíz Sérgio Moro se deixou levar por um cálculo político incompatível com o cargo”.
Sobre as casas entregues o governador disse que “o governo federal mudou a cara do nordeste, principalmente depois desse programa espetacular que é o Minha Casa, Minha Vida. Esse é um governo que estende a mão para os pobres, para os mais carentes. É um programa social, e não só habitacional, porque o imposto que se paga por essas casas sempre foi arrecadado pelo governo. Mas hoje ocupa o cargo de presidente da república uma pessoa que tem um carinho pelo povo simples e, por isso, um programa como este é possível”, destacou o governador Rui Costa.
Deputado federal Zé Neto também deve ter saído fortalecido, ele que é lider do Governo na Assembleia Legislativa da Bahia considerou um dos maiores eventos realizados em Feira de Santana na manhã desta sexta. Zé Neto teve praticamente a pre-candidatura lançada a prefeito de Feira de Santana pelo governador Rui Costa.Após o ato com Dilma ele seguiu para o Bairro Campo Grande, em Salvador para a manifestação de apoio a Lula e Dilma.
Joseildo disse que, o que aconteceu em Feira de Santana e outras seis cidades simultaneamente é o que mais toca o coração do brasileiro, o respeito para com aqueles que mais precisam, “e toda vez que isso acontece, toda vez que a classe mais pobre é favorecida ocorre isto que está acontecendo, ameaça de golpe. É preciso defender a constituição, o povo ir pras ruas e defender o que conquistou”, afirmou o parlamentar.
Deputada Fátima Nunes disse que foi motivo de muita alegria receber a presidente em Feira de Santana e disse que ficou mais fortalecida para continuar lutando. Disse que entrega de casas tem sido uma grande marca de Lula e Dilma, e citou que já foram entregues mais de dois milhões e meio de moradias e um milhão e seiscentas mil residências, estão em construção.Fátima ao deixar Feira de Santana seguiu para Salvador onde se juntaria com “os companheiros” para apoiar Dilma e Lula.
Redação CN * Fotos e vídeo Raimundo Mascarenhas