O governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), manteve a nomeação do tenente-coronel Ricardo Rocha, 42 anos, como novo chefe do comando do policiamento da capital do estado. Rocha foi escolhido para assumir o cargo no dia 29 de fevereiro, em meio à crescente onda de violência de Goiânia.
A nomeação do PM tem sido alvo de críticas do Ministério Público Federal e Estadual pelo fato de Rocha está sendo investigado por 15 assassinatos e ser acusado de integrar um grupo de extermínio. Ele ainda é alvo de investigações da Força Nacional de Segurança.
Promotores e procuradores de Goiás, em nota encaminhada ao governador, disseram que a nomeação do militar é um “incentivo para excessos e violência policial.” O governo se defende alegando que não há nenhuma condenação contra Rocha. A defesa do militar afirma que todos os crimes investigados foram praticados no exercício da função e em defesa da sociedade.
De acordo com a promotoria, as mortes envolvendo Rocha foram de pessoas com antecedentes criminais. Em uma das ocorrências, o militar é suspeito de ligação com o desaparecimento de dois jovens suspeitos de furtos na zona rural de Alvorada do Norte, em fevereiro de 2010.
“A investigação, até quando estava sob a esfera da polícia de Goiás, apontava a atuação do mesmo grupo (policial). Um dos denunciados de maior patente é o tenente-coronel Ricardo Rocha, que, à época, era major e comandante do Batalhão de Formosa”, disse o promotor de Justiça Giuliano Lima ao jornal Folha de S.Paulo.
Fonte: Correio24horas