Manifestantes ligados ao movimento estudantil universitário e ao Partido dos Trabalhadores (PT) fizeram um ato contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff no auditório da Universidade do Estado da Bahia (Uneb/Serrinha) na tarde de quinta-feira (31), dia em que ocorreram manifestações em todo o país em favor da manutenção do governo petista. O ato, que começou por volta de 16h, contou com as presenças dos prefeitos Osni Cardoso (Serrinha) e Ismael Ferreira (Valente) e reuniu mais de 400 manifestantes, segundo o blog do Clériston Silva.
Além de serem contra o impeachment, os manifestantes tecem duras críticas ao PMDB, principalmente ao vice-presidente Michel Temer e o presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha. Os participantes do ato também defendem o retorno do ex-presidente Lula como ministro da Casa Civil e sua candidatura à presidência da República na próxima campanha.
Durante discurso, o prefeito Osni Cardoso defendeu a continuidade da operação “Lava Jato” e cobrou punição para os políticos corruptos.
“Espero que eles tenham vergonha na cara e levem à diante a Lava Jato, encerrem a Lava Jato e mostrem quem realmente roubou e quem construiu a corrupção nesse país”, disse, lamentando que, no modelo político atual, os prefeitos que vencem as eleições não levam o poder e não conseguem governar sem concessões.
“Nós encontramos o modelo de corrupção, encontramos o modelo que maltratava o povo e não conseguimos quebrar esse modelo por inteiro, porque está na gênese da nossa própria constituição […] É preciso barrar o golpe e fazer reforma política urgente no Brasil, porque a reforma que saiu foi pequena, do gosto do ‘ladrão’ do Eduardo Cunha”, disparou.
Redação e fotos: Cleriston Silva