Uma funcionária do Banco do Brasil, de 28 anos, foi presa na Bahia por suspeita de desviar mais de R$ 450 mil de correntistas do Banco do Brasil durante golpes praticados junto com um comparsa em diversos estados. Segundo informações da Polícia Civil, divulgadas nesta sexta-feira (15), os dois fazem parte de uma quadrilha de estelionatários. A mulher foi presa, na quinta-feira (14), por investigadores do Departamento de Crimes Contra o Patrimônio (DCCP), em Salvador.
A polícia aponta que os recursos desviados de cada conta variavam entre R$ 30 e R$ 50 mil. O G1entrou em contato com o banco, que ficou de se posicionar por meio de comunicado a respeito das investigações ainda nesta sexta-feira.
Os dois vão responder por furto mediante fraude, associação criminosa e invasão de dispositivo informático com o objetivo de captar informação sigilosa para desvio de recursos. A dupla está sob custódia no Núcleo de Prisão em Flagrante (NPF), na capital baiana. A polícia diz que ainda busca identificar os outros quatro integrantes da quadrilha.
Segundo a delegada Glória Isabel Santos Ramos, a mulher é servidora concursada do banco há oito anos. Ainda conforme a polícia, ela trabalhava em uma agência em Recife (PE), mas estava afastada de suas funções por 30 dias e respondia a um Processo Administrativo Disciplinar (PAD), dentro da empresa.
Segundo detalha a Polícia Civil, o banco registrou o acesso da suspeita a contas correntes onde, depois foram percebidos desvios de recursos. A investigação conduzida pelo Departamento de Crimes Contra o Patrimônio aponta que a bancária também acessava contas de clientes utilizando login e senha de colegas, sem que eles soubessem.
A funcionária visitou agências na Bahia, Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte, onde se apresentava como funcionária do banco e solicitava aos colegas que verificassem seu saldo. Enquanto o servidor digitava seu login e senha, ela copiava os dados e os utilizava para desviar valores. A Polícia Civil diz que o comparsa da mulher usava a mesma estratégia e se apresentava como funcionário utilizando um crachá falsificado, fornecido pela mulher.
G1.com