O senador Otto Alencar (PSD) teve seu dia de “Judas” e foi queimado em manifestação de protesto do Movimento Brasil Livre (MBL), na noite da última quinta-feira (15), no Farol da Barra, em Salvador. De acordo com o coordenador do MBL na Bahia, Ricardo Almeida, a escolha do presidente estadual do PSD para protagonizar a “queima de judas” fora de época se deu pelo fato de Otto ser o ‘chefe’ que determinou o que chamou de vergonhosa posição dos deputados peessedistas José Nunes, Paulo Magalhães, Antonio Brito, Sérgio Brito e Fernando Torres de, em desacordo com a maioria nacional do partido, ficar contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff.
“É lamentável que a Bahia tenha representantes na Câmara Federal que não tenham independência, desrespeitem uma decisão partidária, submetam-se a um chefete e coloquem seus mesquinhos interesses individuais à frente dos de seu povo”, critica Ricardo.
O MBL, que vem denunciando à população os deputados que estão contra o impeachment por meio de outdoors, redes sociais e atos de rua, promete continuar as ações até o próximo domingo (17), intensificando-as também contra os deputados Bebeto (PSB), Ronaldo Carletto (PP), Cacá Leão (PP), Mário Negromonte Jr. (PP), Roberto Britto (PP), Félix Mendonça Jr. (PDT), João Bacelar (PR), José Carlos Araújo (PR), José Rocha (PR) e João Carlos Bacelar (PTN).
“Os pepistas baianos Ronaldo Carletto, Cacá Leão, Mário Negromonte Jr e Roberto Britto também fazem parte da turma que traiu a decisão da maioria do partido e o povo baiano em troca de benesses pessoais. A população tem que gravar seus nomes para nunca mais votar neles”, sugere o líder do MBL.
Ricardo ainda destaca a traição do socialista Bebeto, cuja assessoria comunicara ao movimento que o deputado do PSB votaria pelo impeachment, mas que agora diz ser contra. “Quando anunciamos que faríamos uma manifestação na frente de sua residência, a assessoria de Bebeto disse que ele votaria pelo afastamento da presidente e agora Bebeto sai com essa demagogia de que não seguirá a orientação do partido para não ferir seus princípios democráticos. Será mesmo?”.
No próximo domingo (17), está confirmada, a partir das 14 horas, no Jardim de Alah, a manifestação de Salvador pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff. No local, haverá um telão para os baianos acompanharem a votação e flagrar os traidores do povo que derem o voto pela manutenção de uma presidente que empurrou o Brasil para o buraco, causando uma crise econômica sem precedentes com recessão profunda, desemprego e inflação.