São os muitos discursos que ouvimos de inúmeros brasileiros, angustiados, revoltados, querendo ver algo diferente, não um diferente de fazer melhor se apropriando do dinheiro público, um diferente exige urgência para uma Nação sobreviver, a qualidade apropriada.
Em tantos falatórios que tive o privilégio de ouvir cito um da Professora da USP Janaína Paschoal, autora do Impechament da Presidente Dilma, ela disse “Professores de verdade têm mentes livres.” Expressando que ela, Janaína Paschoal, não temeria ser cerceada, oprimida, avacalhada ou perseguida por quaisquer que seja. Mas, nessa frase, questiono:
– Mentes livres: será que desde a formação do homem o homem é livre ou foi se ajustando as Leis, as regras a fim de melhor gerenciar a vida e a sociedade? Bem, “mente livre” é um assunto bem atrativo, para não ser manipulado por uma mídia jornalística manipulatória, que faz de mim e de você um ser “zumbi”, ou seja, um ser alienado, conduzido por opiniões dos outros sem ter sua própria definição e convicção do que é certo e errado. No entanto, “mente livre” a depender da circunstância e do contexto cultural é comparado a alguém que vive “sem lenço e sem documento”, como disse Caetano Veloso, ou seja, livre pra pensar, livre pra expressar o pensamento, livre para escrever. Mas, somos livres para julgar? Ou julgamos com base em subsídios? Melhor dizendo julgamos com base em parâmetros definidos em Leis, regras e, até costumes.
Na condição de Professor, alerto a quem lê esse artigo, a não ser “tão livre” como pensa ser se não sabe o que está lhe conduzindo a essa liberdade. Estranho, confuso? Não seja sim livre de manipulações de alguém que ao seu bel prazer oprime o seu pensamento a pensar conforme o que o outro quer que você pense. Sendo, assim, você e eu seríamos um “zumbi”. Portanto, devemos saber como expressar esse assunto “mentes livres”. Por que muitos jovens estão por ai dizendo, – “sou livre…”, “…estou solto”, “…to voando”, umas das expressões de quem está com muito “baseado”,”alucinógeno” ou droga entorpecente na cabeça.
Tenhamos cuidado com as extremidades de “não ter mente livre” e ser totalmente de “mente livre”. Vai pensando que se você assume um matrimônio, um casamento, o viver a dois não é bem legal ter “mente livre”, por que, você e o seu cônjuge tem “mentes amarradas um ao outro”, claro, sem subjugar ou manipular o seu companheiro(a), ambos devem ser livres sim, para dizer o que gosta, mas, tanto um quanto ao outro, também, são livres para gostar do que o outro gosta, mesmo não gostando. Ou seja, deve existir renúncia em favor não do outro. mas da paz de ambos.
Sejamos sábios ao alertar aos nossos alunos em ser “totalmente livres”, por que ao ressoar dessa frase do outro lado pode ser um sinal verde para quem precisa de sinal vermelho, ou melhor dizendo, precisam de um pare, por que já avançaram demais, já quebraram regras demais, já perderam os limites o que prova uma total insanidade de comportamento deturpado encenados em sala de aulas.
Sejamos sim “mentes livres” de não acolher o ódio no lugar da paz; de buscar o novo que promove a dignidade e valores perdidos na sociedade, mas jamais sejamos “mentes livres” sem rédea, sem controle, sem destreza, sem sabedoria em nossas ações e atitudes. Tenhamos uma mente livre com ações que reproduzam o controle emocional, – dizendo “não”, sem humilhar; dizendo “chega”, sem ultrajar ou maltratar.
Prof. Ângelo Almeida