O Calila Noticias visitou na tarde de quinta-feira, 19, o Colégio Olgarina Pitangueira Pinheiro, Iêda Barradas Carneiro, Polivalente, Durval da Silva Pinto e encontrou no Iêda a diretora Keila Lopes fazendo suco para servir a merenda, mas não é por greve de merendeira, pois este ano não teve. Segundo ela, o pessoal da limpeza estava ajudando na merenda, como paralisaram, vendo que os produtos, no caso a polpa de fruta está prestes a vencer, resolveu fazer o suco e distribuir com biscoito.
O CN foi informado que os alunos de forma espontânea estão fazendo a limpeza da escola, para evitar que as aulas paralisem, no entanto garantem que o esforço maior é não ter que repor aulas, tendo que até virar o calendário letivo como aconteceu nos últimos anos. O desvio de função acaba prejudicando os terceirizados, pois acreditam que se o Governo ou as empresas sabem que as aulas estão acontecendo normalmente, não se esforçarão para efetuar os pagamentos.
No Iêda tem quatro funcionários, sendo dois da Basetec e dois da Sandes. Segundo informações, uma das funcionárias da Basetec está sem receber salários ha dois meses e três vales, e situação mais complicada da Sandes com dívida de três meses a completar e seis vales.
Tudo que foi relatado do Iêda Barradas, se repete nas demais escolas. Situação que acaba sendo desgastante para professores, alunos, e terceirizados. No Colégio Olgarina, por exemplo, a situação se agravou em decorrência da demissão de sete funcionários ainda no inicio do ano, sendo três do setor administrativo, (biblioteca, secretaria e sistema de gestão) sem merendeira, mas com recurso para aquisição do alimento, que inclusive foi comprado, mas não foi levado para escola, pois poderia ficar armazenado e posteriormente venceria, então se encontra no supermercado e com a nota paga para quando precisar.
Assim como no Iêda, alunos do Olgarina de forma espontânea estão colaborando com a limpeza do prédio e o pessoal da diretoria fez uma ‘vaquinha’ para pagar uma pessoa para limpar o banheiro, porém garante que não vai mais fazer isso e caso não seja pago até esta sexta-feira, 20, na próxima semana deverá se reunir com professores e pais de alunos para ver que rumo irá tomar. A preocupação é grande também com a falta de porteiro, principalmente a noite. O Olagrina é o segundo maior colégio e conta com aproximadamente 750 alunos.
O Colégio Polivalente, o maior do Município, com aproximadamente 900 alunos, está acontecendo desvio de função, ou seja, pessoal de portaria ajudando na merenda e na limpeza pra escola o colégio não fechar. Mas até isso deve acabar, pois os porteiros disseram que se o pagamento não fosse feito até esta sexta, segunda-feira não iria, assim automaticamente deixaria de ter a limpeza e a merenda.
No Colégio Durval, a diretora assumiu essa semana e relatou que desembolsou R$ 40,00 para uma pessoa limpar o banheiro, disse tambpém que se alguém perguntar o que falta, ela prefere listar o que tem, porque seria mais rápida a resposta.
A diretora acredita que a situação do colégio que acaba de assumir é mais complicada porque os funcionários deixaram de ir dois meses antes, em relação aos outros. Afirma que não tem quem conserte o computador que precisa de reparos, tem apenas uma pessoa de apoio a secretaria, que também ajuda na limpeza, inclusive a mesma estava tirando a poeira quando nossa equipe chegou, uma pessoa do SGE (sistema de gestão) que está indo apenas um turno por solidariedade a escola, onde ela se formou e tem uma história de carinho pela instituição, porteiro não tem desde agosto do ano passado. Falta coordenador pedagógico, havia três professores excedentes que foram devolvido para o Núcleo, e consequentemente vem caindo a quantidade de alunos, conta atualmente com 264.
Não foi possível a chegada no Antônio Bahia para contar a realidade do referido colégio, mas em contato com uma funcionária, o CN foi informado que deve ser o que melhor se encontra, pois apenas dois terceirizados paralisaram.
Redação CN/ fotos: Raimundo Mascarenhas