A estudante Itana Samara foi indenizada em R$ 2,5 mil após entrar na Justiça contra a faculdade Unime, localizada em lauro de Freitas, na região metropolitana de Salvador, que em 2014 enviou um SMS para a estudante, informando que ela havia sido classificada no vestibular de medicina e a convocando para a matrícula, mas que horas depois enviou outra mensagem informando que houve um erro no sistema da unidade de ensino e que a jovem não teria sido selecionada.
Em conversa com o G1 nesta quarta-feira (25), Itana, que tem 23 anos, contou que é da cidade de Riachão do Jacuípe, a cerca de 200 km de Salvador. Após escolher fazer o vestibular para medicina, ela foi morar em Feira de Santana, município distante 77 km de Riachão. Quando recebeu o SMS que disse que ela estaria aprovada, a estudante conta que arrumou os documentos e pegou estrada com destino à capital baiana.
“Liguei para a central [da Unime] e eles confirmaram que eu estava aprovada. Então perguntei qual era o procedimento e eles disseram que era para eu ir na Unime o mais breve possível. Peguei meus documentos, falei com meus pais e fomos. No meio da estrada, recebi a mensagem com a informação de que a convocação tinha sido um engano, um problema na rede deles. Da estrada mesmo a gente voltou”, relatou.
Itana disse que, após a situação, ela chegou a pensar em desistir da profissão e ficou sem estudar por cerca de dois meses. “A gente cria tanta expectativa, se dedica e tem o sonho da aprovação. Foi uma grande decepção, hoje falo normalmente. No momento, você e sente muito mal, eu estava com tudo programado. Fiquei uns dois meses para cair a ficha e voltar à vida normal de estudo”, disse.
Segundo Itana, ela chegou a cursar engenharia, mas percebeu que medicina era seu grande sonho. Para conseguir conquistá-lo, ela vai ao cursinho pré-vestibular pela manhã e estuda pela tarde e à noite.
Com relação a procurar a Justiça, ela disse que encontrou apoio na irmã, que é advogada. “Comentei com minha irmã e ela me incentivou a procurar a Justiça para conseguir algum tipo de reparação ou até mesmo o ingresso na universidade. Ela me indicou o advogado e entramos no caso”, explicou.
Conforme o advogado da jovem, Leonardo Brito, a decisão judicial favorável a estudante saiu em dezembro de 2015. A faculdade, mas em abril deste ano a sentença continuou favorável à estudante e a universidade não pôde mais recorrer, conforme informou o advogado. Itana contou que vai gastar o dinherio da indenização com as taxas do cursinho e inscrições no vestibular.
A assessoria da faculdade disse que não se posicionaria sobre o caso nesta quarta-feira, pois não conseguiu confirmar a situação com o setor jurídico, mas informou que deve enviar uma resposta ainda nesta semana.
G1.com